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Presidente da Palmares lamenta morte de lideranças sociais
Magno Cruz Foto: Gilson Ferreira/Divulgação
Uma das mais expressivas lideranças da causa negra no País, Magno Cruz faleceu no último dia 03, em São Luís do Maranhão, vitimado por um câncer. A notícia abalou o movimento social brasileiro. “A população negra está de luto, pois perde um de seus mais dignos representantes”, lamentou o presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo.
Fundador e dirigente do Centro de Cultura Negra do Maranhão (CCN/Ma), Cruz foi um dos precursores no trabalho de defesa das comunidades quilombolas, das religiões e santuários das religiões afro-brasileiras e das políticas afirmativas para a população negra, além de ativo militante dos direitos humanos e de movimentos artístico-culturais do estado do Maranhão.
Com formação em Engenharia e dirigente do Sindicato dos Urbanitários, Magno Cruz também fazia parte da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e apresentava um programa na Rádio Comunitária “Conquista”, no bairro do Coroado (periferia e São Luís-Ma). Foi enterrado no dia 4, pela manhã, no Cemitério Parque da Saudade, na capital maranhense.
Foto: Marcela Assis/SJCDH/DivulgaçãoLUCIANA TANNUS – Outra grande perda foi a da titular da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia (SJCDH), Luciana Tannus (51), também vitimada por um câncer, no mesmo dia. Profissional competente e liderança respeitada, Luciana ajudou a construir, dentre outras grandes ações do governo baiano, o projeto Primeiro Emprego, destacando-se, ainda, como coordenadora geral dos Consórcios Sociais da Juventude.
“Não foi apenas a equipe do governo que perdeu uma grande colaboradora, mas os jovens pobres do País, que perdem uma defensora incansável da causa da juventude no País”, lamentou o presidente da Palmares. Formada em administração, Tannus havia assumido a pasta da SJCDH há apenas cinco meses. Estava internada no Hospital Português e morreu na terça-feira (03), sendo enterrada no Cemitério do Campo Santo, na quarta (4).