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Personalidades Negras – Alfredo da Rocha Vianna Filho – PIXINGUINHA
Alfredo da Rocha Vianna Filho (nascimento – 23 de abril de 1897 – 04 de maio de 1897 e falecido em 17 de fevereiro de 1973).
Falar de Choro, é lembrar de Alfredo da Rocha Vianna Filho, mais conhecido como PIXINGUINHA, maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador brasileiro, Pixinguinha é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira. Contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva.
Nascido no bairro da Piedade no Rio de Janeiro, em dia 23 de abril de 1897, era filho do flautista e funcionário do Departamento Geral dos Correios e Telégrafos, Alfredo da Rocha Viana e de Raimunda Viana.
O apelido de “Pixinguinha” veio do apelido carinhoso que sua avó Edwiges, africana de nascimento, lhe dera. Derivado do seu dialeto natal, ela o chamava de “Pizindin” (menino bom), que depois virou Pixinguinha.
Suas lições de flauta iniciais foram dadas pelo próprio pai, aos oito anos. Na época a família foi morar num casarão de oito quartos e quatro salas, na Rua Vista Alegre, apelidado de “Pensão Viana”, pois estava sempre repleto de amigos. Com 12 anos, dominava os conhecimentos de teoria musical, ensinados por César Borges Leitão. Nessa época, tocava cavaquinho, bandolim e como o pai, flauta, mas era sonho dele tocar clarinete. Em 1911 o Professor Irineu de Almeida levou Pixinguinha para o grupo carnavalesco “Filhas da Jardineira”, ele tinha 14 anos na época. Ainda neste ano, Pixinguinha compôs sua primeira música, o chorinho “Lata de Leite”. Por conta disso, seu pai comprou uma flauta especial, trazida Itália. Era o início do músico de sopro Pixinguinha
Em 1915, na Casa Falhauber, Pixinguinha grava pela primeira vez, junto com o grupo “Choro Carioca”, interpretando o tango brasileiro “São João Debaixo d’água”, de seu professor Irineu de Almeida. Em 1917 grava na famosa casa Edison o choro “Sofre Porque Queres” e a valsa “Rosa”, da parceria com Alfredo Vianna. Entre 1916 e 1917, vai compor o samba-choro, que alguns na época disseram ser mais uma polca, “Carinhoso”, que só vinte anos depois, em 1937, recebeu a letra feita por Braguinha, tornando-se o Chorinho mais famoso e gravado no Brasil.
Em 1918, com Donga, seu irmão China e outros, forma o grupo “os Oito Batutas”. Em 7 de abril de 1919 o grupo estreou no saguão do Palais tocando maxixes, lundus, batuque e tangos, uma música intensa e animada que fez o público vibrar. O conjunto ainda fez diversas apresentações em Minas Gerais e São Paulo e logo começou a se apresentar no cabaré “Assírio”, no subsolo do Teatro Municipal.
Na década de 1930 foi contratado como arranjador pela RCA Victor, criando arranjos celebrizados na voz de Francisco Alves ou Mário Reis. Na década de 1940 passou a integrar o regional de Benedito Lacerda, passando a tocar o saxofone tenor. Algumas de suas principais obras foram registradas em parceria com o líder do conjunto, mas hoje se sabe que Benedito Lacerda não era o compositor, mas pagava pelas parcerias.
Na década de 60 foi convidado para criar a trilha sonora para o filme “Sol Sobre a Lama” (1962), junto com Vinícius de Moraes. Nessa época, Vinícius colocou letra na música “Lamentos”, escrita por Pixinguinha em 1928. Em 64 sofre um enfarto e enquanto esteve internado compôs vinte músicas, uma por dia, entre elas, as valsas: Solidão, Mais Quinze dias e No Elevador.
Pixinguinha passou os últimos anos de sua vida em Ramos, e morreu em 17 de fevereiro de 1973, na igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, quando seria padrinho em um batismo. Foi enterrado no Cemitério de Inhaúma.
No dia 23 de abril comemora-se o Dia Nacional do Choro. A data foi criada como homenagem ao que se acreditava ser a data de nascimento de Pixinguinha. Ela foi criada oficialmente em 4 de setembro de 2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello. Porém, em novembro de 2016, foi descoberto posteriormente descoberto pelo pesquisador e músico Alexandre Dias, no cartório onde Pixinguinha foi registrado, que a verdadeira data de nascimento do compositor é 4 de maio de 1897, e não 23 de abril, como se acreditava até então. Apesar disso, a data de comemoração do estilo musical criado pelo artista permaneceu inalterada.