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Parque Quilombo dos Palmares é patrimônio nacional
Publicado em
29/04/2009 16h00
Atualizado em
19/03/2024 11h12
Além do visual, é possível conferir aspectos sociais, como religião, culinária e artesanato desenvolvidos na Serra
Presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, apresenta o compromisso do memorial com a igualdade racial e afirma a parceria com o governo do Estado
“A Serra da Barriga é o maior patrimônio histórico e cultural do Brasil para a comunidade negra”. Essa é a avaliação do presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Zulu Araújo, numa entrevista que revela as ações no Parque Memorial Quilombo dos Palmares, em solo alagoano, e o apoio do governo do Estado ao centro.
A Fundação Palmares, com 20 anos de existência, tem a missão de proteger e divulgar o patrimônio cultural e imaterial afro-brasileiro. É uma instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC) e que possui programas em diferentes partes do país. Em 2007, o órgão criou o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, símbolo da resistência à escravidão negra.
Além de representar a luta de um povo, esse quilombo foi um berço de democracia, que reuniu milhares de habitantes há mais de 300 anos. Existiam diversos núcleos de povoamento, que exerciam atividades militares e econômicas organizadas. A produção excedente era negociada nas regiões vizinhas.
O Parque Memorial apresenta toda essa história aos visitantes. Além do visual, um tapete verde que se estende entre morros, é possível conferir aspectos sociais, como religião, culinária e artesanato desenvolvidos na Serra, ao longo da existência do quilombo. O centro tem entrada gratuita e funciona todos os dias, das 8h às 18h.
Sobre o memorial, o secretário de Estado da Cultura, Osvaldo Viégas, define: “É um lugar sagrado para as religiões de matrizes africanas. Trata-se de um território referencial”.
Desde que foi criado, o espaço cultural apresentou inúmeras atrações musicais, do peso de Luiz Melodia, Sandra de Sá, AfroReggae e Rapin Hood. A banda Tribo de Jah contou com o maior público, mais de 3.500 espectadores. “Ao todo, nós já reunimos 15 mil pessoas na Serra, exclusivamente com os shows”, conta Zulu Araújo. Ainda acrescenta: “Essa foi uma das formas que nós encontramos de levar os alagoanos à Serra da Barriga”.
“A Serra da Barriga é o maior patrimônio histórico e cultural do Brasil para a comunidade negra”. Essa é a avaliação do presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Zulu Araújo, numa entrevista que revela as ações no Parque Memorial Quilombo dos Palmares, em solo alagoano, e o apoio do governo do Estado ao centro.
A Fundação Palmares, com 20 anos de existência, tem a missão de proteger e divulgar o patrimônio cultural e imaterial afro-brasileiro. É uma instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC) e que possui programas em diferentes partes do país. Em 2007, o órgão criou o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, símbolo da resistência à escravidão negra.
Além de representar a luta de um povo, esse quilombo foi um berço de democracia, que reuniu milhares de habitantes há mais de 300 anos. Existiam diversos núcleos de povoamento, que exerciam atividades militares e econômicas organizadas. A produção excedente era negociada nas regiões vizinhas.
O Parque Memorial apresenta toda essa história aos visitantes. Além do visual, um tapete verde que se estende entre morros, é possível conferir aspectos sociais, como religião, culinária e artesanato desenvolvidos na Serra, ao longo da existência do quilombo. O centro tem entrada gratuita e funciona todos os dias, das 8h às 18h.
Sobre o memorial, o secretário de Estado da Cultura, Osvaldo Viégas, define: “É um lugar sagrado para as religiões de matrizes africanas. Trata-se de um território referencial”.
Desde que foi criado, o espaço cultural apresentou inúmeras atrações musicais, do peso de Luiz Melodia, Sandra de Sá, AfroReggae e Rapin Hood. A banda Tribo de Jah contou com o maior público, mais de 3.500 espectadores. “Ao todo, nós já reunimos 15 mil pessoas na Serra, exclusivamente com os shows”, conta Zulu Araújo. Ainda acrescenta: “Essa foi uma das formas que nós encontramos de levar os alagoanos à Serra da Barriga”.
Parceiro na igualdade – Para as suas atividades, o memorial conta com o apoio do governo do Estado. “É um parceiro muito importante. Os shows somente são possíveis com o trabalho da Polícia Militar, que garante a segurança. Não tivemos nenhum problema quanto à violência”, afirma o presidente da FCP.
“Foi por meio da articulação do governador Teotonio Vilela com o senador Renan Calheiros que conseguimos recursos na ordem de R$ 4,2 milhões para a construção do acesso a Serra. O investimento deve ser liberado até junho deste ano. Essa vai ser a nossa redenção”, revelou Zulu Araújo. O projeto já está no Ministério de Integração Nacional.
O secretário de Cultura de Alagoas afirma que acompanhou Teotonio Vilela na entrega do plano de acesso ao ministro Edson Santos (Igualdade Racial). “O projeto foi feito pelo governo do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Conta com infraestrutura de acesso, estacionamento, drenagem e escadarias. Tivemos também o apoio do ministro da Cultura, Juca Ferreira”, revela o secretário.
Além das apresentações artísticas, o Parque Quilombo dos Palmares também ofereceu cursos de capacitação, nas áreas de artesanato e estética negra. “Atualmente, 60 alunos participam das aulas de turismo étnico e culinária afro-brasileira. Já atendemos a 275 pessoas, são todos quilombolas e moradores da região”, explica o dirigente da Fundação.
A Fundação Cultural Palmares possui representações na Bahia e no Rio de Janeiro. Recentemente, de acordo com Zulu Araújo, a instituição ganhou mais cinco unidades: Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão e Alagoas.
Telma Elita