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Parabólica em Alagoas reúne mais de 100 participantes
Parque Memorial Zumbi dos Palmares é lembrado como ponto em comum entre a Palmares e o estado de Alagoas
O Projeto Parabólica, da Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, foi aberto nesta quinta-feira, 18, à tarde em Maceió (AL). O público, cerca de 110 pessoas, entre artistas, cantores, poetas, gestores públicos e pessoas ligadas à cultura negra de forma em geral participou de um debate com os dirigentes da Palmares.
O evento foi aberto pelo secretário estadual de Cultura, Osvaldo Viégas, parceiro da Fundação no projeto e pelo presidente da Palmares, Zulu Araújo.
Para o secretário a parceria é estratégica neste e em outros projetos, já que existe entre o estado e a Fundação um ponto referencial em comum, o Parque Memorial Zumbi dos Palmares, na Serra da Barriga, em União dos Palmares. “O governo de Alagoas tem trabalhado com uma política de incentivo às parcerias e às interlocuções francas e este encontro servirá para estreitarmos cada vez mais os laços”.
Viégas se disse duplamente satisfeito pelo projeto iniciar em Alagoas. “Houve uma preocupação muito grande do estado em participar da 2ª Conferência Nacional de Cultura, pela oportunidade de troca de informações, o mesmo que acontecerá aqui. Além disso, esse mapeamento feito pela Palmares, para escolher os estados participantes, mostrou que o estado apresentou 22 projetos à Fundação, mais que outros que têm indicadores sociais e econômicos parecidos com o nosso, como Piauí e Maranhão, o que mostra que Alagoas tem uma participação ativa no cenário da cultura negra no Brasil. Queremos ter mais bons projetos, mais boas ideias”.
Zulu Araújo explicou que o Parabólica é uma resposta a uma demanda antiga do movimento. “Fiz questão de estar presente e de trazer os dirigentes e a equipe técnica da Palmares para essa conversa com as pessoas que apresentam projetos para divulgar a cultura negra. Existem regras que precisam ser cumpridas, documentações e prestações de contas que precisam ser apresentadas. Sabemos que muitas vezes não há má fé, mas se a entidade não presta contas dos projetos fica inadimplente e sem poder participar de novos projetos”, esclareceu.
Além de Zulu, participaram do encontro o diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro, Maurício Reis, o coordenador geral de Gestão Interna, Remo Nonato, a coordenadora do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra, Mércia Queiroz e técnicos da Fundação. Após a abertura, os dirigentes da Fundação fizeram uma explanação sobre o histórico e o funcionamento da instituição.
Hoje (19), a reunião continua com a equipe técnica que apresentará as ações de cada área para 2010 e os procedimentos administrativos e ferramentas como o Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse – SICONV, utilizado para o cadastro de projetos e possíveis repasses de recursos.
SICONV
Desenvolvido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão o SICONV foi instituído pelo Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007 e alterado pelo Decreto nº 6.329, de 27 de dezembro de 2007, que dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse. O decreto determina que a celebração, a liberação de recursos, o acompanhamento da execução e a prestação de contas dos convênios sejam registrados neste sistema.