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Palmares presta solidariedade aos quilombolas atingidos pela chuva
Comunidade quilombola recebe ajuda, após enxurrada (Foto: Divulgação/Semarh e IMA)
“Lamento profundamente essa tragédia e desejo que o Estado de Alagoas e, particularmente, as cidades atingidas pelas chuvas se recuperem o mais rápido possível.
A Fundação Cultural Palmares, dentro de suas competências, está ao dispor do povo alagoano e dos quilombolas do Estado”.
Zulu Araújo
Presidente da Fundação Cultural Palmares
Diretor da Palmares visita quilombolas atingidos pela chuva
O Diretor da Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, Maurício Reis e o representante da Fundação em Alagoas, Severino Cláudio Leite, conhecido como Mestre Cláudio, estão na comunidade quilombola de Muquém, em União dos Palmares (AL) para prestar ajuda as vitimas da enchente. As águas das chuvas que inundaram a cidade desabrigaram 86 famílias que estão alojadas na escola da comunidade, no posto de saúde e no que está em construção.
Segundo Maurício Reis, que é Diretor de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da Fundação, está chegando à comunidade água potável, colchões e cestas básicas disponibilizadas pela Secretária da Mulher, Direitos Humanos e Cidadania do Estado. Além dele e de Mestre Cláudio acompanham a visita, o representante da Secretária da Mulher, Direitos Humanos e Cidadania, Amaurício de Jesus, o representante da Secretária de Agricultura do Estado, Marcelo Maiola e o Coordenador Estadual das Comunidades Quilombolas, José Patrício. “Estamos levantando quais as principais demandas e qual a melhor forma de ajudar”, diz Maurício.
“O que a gente mais precisa agora é reconstruir nossas casas”, relata a líder da comunidade de Muquém, Albertina Nunes, uma das desabrigadas. Segundo ela, agora que água já baixou, algumas pessoas já estão saindo dos abrigos para tentar reconstruir suas casas e suas vidas. “É muita gente nos abrigos e estamos precisando de material de limpeza, de higiene e velas, pois estamos sem energia elétrica”.
A comunidade tem mais de 200 anos e recebeu a certificação da Fundação Cultural Palmares em 2004. Com 140 famílias, cerca de 500 pessoas, entre elas aproximadamente de 112 crianças até 12 anos, a comunidade é dividida em três regiões Muquém de Cima, Moreno e Muquém da Beira do Rio, a área mais atingida pela água. Os quilombolas vivem da produção de cerâmica e da colheita de cana-de-açúcar das usinas locais.