Notícias
Palmares e IPHAN farão parcerias de valorização dos Clubes Sociais Negros
Foto: Iris Lucia Costa Santas/ IPHAM
A Fundação Cultural Palmares (FCP) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) farão parcerias com o objetivo de valorizar os Clubes Sociais Negros do Brasil. O assunto foi debatido na tarde desta quinta-feira (09) em reunião entre os presidentes substitutos de ambos os órgãos, Sionei Ricardo Leão e Robson Antônio de Almeida, na sede do IPHAN em Brasília.
Situados nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, São Paulo e Minas Gerais, os Clubes Sociais Negros são considerados espaços de memória e cultura, razão pela qual têm enorme potencial a tornarem-se patrimônios materiais e imateriais do povo brasileiro.
De acordo com Sionei Leão, o IPHAN chegou a realizar o mapeamento e estudos aprofundados sobre os Clubes e a Palmares tem interesse em trabalhar a promoção da cultura nos estados por meio dos espaços e dos dados mapeados. “Enquanto Governo Federal temos uma riqueza de informações, motivo pelo qual queremos estar cada vez mais próximos transformando-os em resultados interessantes à sociedade”, disse.
Almeida sugeriu que o próximo passo seja uma reunião entre os setores competentes de cada uma das instituições – Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC/FCP) e Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI/IPHAN) – para definir de que maneira as parcerias poderão ser feitas.
CAIS DO VALONGO – A segunda pauta do encontro girou em torno da responsabilização da Fundação Cultural Palmares sobre o galpão Docas Dom Pedro II que abrigará o Centro Cultural da Herança Africana no Rio de Janeiro e será fortalecido como parte do Centro Histórico, onde está situado também o Cais do Valongo, Patrimônio da Humanidade declarado pela Unesco em 2017.
Na ocasião, Almeida afirmou que o IPHAN já realizou edital de contratação do projeto executivo necessário à garantia do restauro e adequação das Docas Dom Pedro II e que este se encontra em fase de licitação. A previsão é que até o fim do mês de janeiro esta etapa do processo seja superada.
Após a conclusão do processo o local vai abrigar, ainda, o Laboratório Aberto de Arqueologia Urbana (LAAU), centro de referência ligado a Prefeitura do Rio de Janeiro e que abriga mais de 1,5 milhão artefatos encontrados durante as escavações do sítio arqueológico em 2011.
Participaram da reunião a coordenadora do CNIRC, Katia Cilene, e o diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-brasileira (DEP) Clovis André Silva da Silva.