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Palmares busca idéias criativas para cultura negra no Amapá
Crédito Ancelmo Lobato
Representante de quilombolas, do movimento hip hop, do teatro, da música, de pontos de cultura, gestores públicos e ainda pessoas ligadas a cultura afro-brasileira estiveram presentes ontem (15) a noite na abertura do Projeto Parabólica no Amapá, nono estado brasileiro visitado pelo Projeto. O evento aconteceu em Macapá, no Centro Cultural Franco Amapaense, com o objetivo de apresentar as ações da Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, para 2010 e ainda orientar pessoas interessadas em acessar recursos públicos para a cultura negra.
Na mesa de abertura, junto com o Diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira, Elísio Lopes, estavam o Coordenador de Desenvolvimento Cultural do Estado, Raimundo Maciel, a Coordenadora Municipal da Promoção da Igualdade Racial, Cirlene Maciel, o representante da Secretaria para Políticas Afrodescendentes, Pedro Alencar, o Coordenador de Cultura Municipal, José Augusto e o Deputado Federal Evandro Milhomem.
Raimundo Maciel agradeceu a presença da Palmares no Estado. “É um grande prazer receber a Fundação aqui para nos trazer conhecimento técnico, que tanto precisamos para podermos investir em cultura negra. Competência nas expressões artísticas nós temos, mas precisamos fazer isso virar projetos apoiados com recursos público. Agradeço a quem está presente, que atendeu ao chamado, já que houve um grande empenho do governo estadual para que o evento acontecesse”.
Cirlene Maciel ressaltou a importância da troca de experiências. “Fico feliz que a Palmares esteja no Estado e que possamos estar aqui dialogando, pois é juntos – governo e sociedade civil – que vamos construir políticas públicas culturais para o Amapá e para o Brasil”.
“O governo federal tem mais de nove mil programas, mas precisamos nos capacitar para podermos acessar esse recurso. Muitas coisas podem ser feitas nesse sentido, não só pela Palmares, mas foi a Fundação que veio aqui hoje para passar essa informação para a gente”, disse o deputado Evandro Milhomen. Segundo ele o Estado tem 74,8% de afrodescendentes auto declarados “é um grande contigente populacional e queremos recuperar o tempo perdido e pagar uma conta que o Brasil deve a quem trabalhou muito para construir esse país, mas que ainda não está em condições de igualdade na hora de procurar emprego, estudar ou ter acesso a cultura”.
Elísio Lopes explicou que, mais do que qualificação, a Fundação se propôs a trazer informação aos Estados visitados pelo Parabólica. “O tempo é pouco, mas viemos aqui para dizer que estamos acessíveis a todos e que queremos que vocês se aproximem para mostrar o que o Estado tem de valor”.
Assessoria de Comunicação da FCP