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PALMARES, 18 ANOS: Percussão e ritmos negros conquistam os brasilienses nos 18 anos da FCP/MinC
Brasília, 10/11/06 – Para comemorar seus 18 anos, a Fundação Cultural Palmares/MinC, ofereceu a 50 alunos uma semana de oficina de percussão com os regentes do bloco afro baiano Ilê Aiyê, Mario Pam e Patrício Santos. Os professores consideram o trabalho muito gratificante, pois se colocam como multiplicadores da cultura Afro-Brasileira. Durante a oficina, eles trabalharam 12 ritmos e 50 convenções – junções de sons que formam os ritmos. Os ritmos são variados, alguns eles escolheram e trouxeram de Salvador, outros foram escolhidos durante a oficina de acordo com a opinião dos alunos. Os professores estão usando ritmos, que são referências culturais da Bahia, como os Sambas de roda, samba de caboclo, samba duro, samba afro, samba reggae. “No primeiro dia de oficina, demos uma aula teórica sobre a história das músicas que os alunos iam aprender. Músicas que vieram da África, e de origem do candomblé”, contou o instrutor Mario Pam.
A oficina foi marcada pela diversidade. Entre os alunos, estavam presentes crianças, músicos de Brasília, ogans, e mulheres. O músico da banda Pegada Black, Walber Acioli Macaxeira, disse que a oficina foi muito proveitosa, mesmo pra ele que já é percussionista.
“A iniciativa da FCP/MinC, de fazer essa oficina de percussão e todas as outras atividades durante a festa de seu aniversário, é muito importante. Pois difunde a cultura negra, abafada por muitos”, afirma o músico.Walber, afirmou também que além, da alegria de participar da oficina junto aos outros integrantes da banda – Edgar e Guiga Brown – “o mais importante foi o intercambio de informações que puderam trocar com os professores, e os próprios alunos”.
Victor Neto, ogam – iniciante no candomblé, freqüentador do terreiro Gentil Guerreiro, diz que gostou muito da oficina de percussão, “Para mim, foi muito proveitosa, aprendi muita coisa em pouco tempo. E a diversidade de alunos só ajudou, pois, os músicos ajudavam os professores e nos auxiliavam quando tínhamos duvidas”, diz Victor. “Eu já conheço o trabalho da Palmares através da Federação de Candomblé. Por isso, só tenho a elogiar o trabalho que a Fundação tem feito em prol da cultura da negra”, conclui.
Os alunos enceraram a oficina ensaiando para a apresentação de encerramento da festa de aniversário da FCP. A apresentação dos alunos da oficina de percussão será hoje ao 12:00h, e promete contagiar o público. Quem assistia ao encerramento da oficina ontem não conseguiu ficar parado. Ao executarem a ultima música, o público presente já havia levantado para dançar e alguns até arriscaram a cantar junto aos professores.