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PALMARES, 18 ANOS: Alunos da rede pública “vestem a pele” contra o Racismo

Brasília, 7/11/06 – No primeiro dia de programação oficial dos seus 18 anos, a Fundação Cultural Palmares (FCP/MinC), recebeu os alunos da 7ª e 8ª série do Ensino Fundamental do Colégio Novo Gama, localizado no município de Novo Gama, GO. Os alunos foram recepcionados pelo diretor de Promoção, Estudos, Pesquisa e Divulgação da Cultura Afro-Brasileira (DEP) da FCP/MinC. Zulu Araújo fez uma breve apresentação da entidade federal e conversou com as crianças sobre a conscientização do racismo no Brasil. De acordo com Zulu “é preciso conscientizar as crianças para que não repitam os erros de nossos antepassados”, disse. Logo em seguida convidou as crianças a assistir o filme “Vista minha Pele“, um vídeo ficcional-educativo produzido pelo cineasta Joel Zito Araújo. Com 15 minutos de duração, o filme muito colabora para o debate sobre a discriminação racial no Brasil. “Espero que gostem do filme e principalmente de lutar contra o racismo, exercendo cidadania” concluiu Zulu Araújo.
Os alunos que vieram acompanhados pelas professoras Maria da Guia, Maria de Fátima, Joseli, e Amélia assistiram atentamente ao filme e debateram o assunto com a pedagoga e rapper Vera Verônica. Verônica contou um pouco da trajetória de sua vida, as dificuldades superadas e o preconceito que sofre por ser negra, mulher e rapper em um país machista e preconceituoso. Durante o debate os alunos ganharam kit’s da FCP/MinC e se colocaram contra o preconceito racial, se mostrando dispostos a conscientizar amigos e familiares.
As estudantes Fernanda e Jackeline (fotos ao lado), alunas da 8ª série do Colégio Novo Gama ficaram entusiasmadas com o filme. Falaram sobre a diversidade racial no Brasil e a importância de a sociedade aprender a aceitar a todos os cidadãos. “Com o filme a população branca, se coloca do outro lado da história. Isso é importante para percebermos o quanto é duro ser vítima de preconceito” afirmou Fernanda. Jackeline gostou muito do bate-papo com a rapper e educadora Vera Verônica. “A história de vida dela e a facilidade de se expressar me encantou. Ela é uma guerreira, um exemplo para todos nós”, explicou Jackeline.