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Palestra sobre a cultura afro-brasileira inaugura o auditório do Ministério da Cultura do Equador
Quito/Equador – A influência da cultura negra no Brasil e o papel da Fundação Cultural Palmares foi o tema da palestra dada pelo presidente Zulu Araújo, no auditório do Ministério da Cultura do Equador, às 18h desta quarta-feira (30). A palestra inaugurou o auditório do Ministério. O ministro da Cultura, Antonio Preciado, mostrou, antes da fala de Zulu, o recém-inaugurado prédio do Ministério da Cultura.
Com o lema “Diversos, mas não desiguais”, o ministro Antonio Preciado recebeu o presidente da Fundação Cultural Palmares para falar da cultura afro-brasileira. A presença de Zulu Araújo, segundo o ministro, não era para exaltar uma etnia, senão para “fazer presente a negritude como um segmento da humanidade”. “Isso nos obriga a considerar-nos a todos seres humanos”, disse o ministro.
Durante a palestra, Zulu Araújo falou sobre a presença do negro na cultura brasileira, nas manifestações religiosas, como o candomblé, artísticas, como o samba, e gastronômicas como a feijoada. O presidente da Fundação Cultural Palmares mostrou, por meio de dados estatísticos, a presença dos negros no Brasil e as seqüelas que os quatrocentos anos de escravidão deixaram na sociedade.
Zulu falou também dos avanços do atual governo em prol dos afro-brasileiros, como as ações afirmativas nas universidades, que já promoveram a entrada de 200 mil jovens afro-descendentes nos últimos seis anos. O presidente mostrou ainda ao público a estrutura da Fundação Cultural Palmares e suas ações pela preservação e promoção da cultura afro-brasileira.
“A Fundação Cultural Palmares comunga de corpo e alma com as palavras do ministro Preciado: a raça humana é uma só. O que nós fazemos é possibilitar, com maior rapidez, que uma parcela dessa humanidade possa ser tratada de forma igual, para que a gente não necessite, no mais breve espaço de tempo, da existência de entidades como a Fundação Cultural Palmares”, concluiu Zulu.