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Nota de Pesar – Makota Valdina
Faleceu nesta terça feira, 19 de março de 2019, aos 75 anos, Valdina Pinto de Oliveira, a Makota Valdina. Líder religiosa, educadora e ativista do movimento negro e da luta contra a intolerância religiosa, nasceu em 15 de outubro de 1943, no bairro do Engenho Velho da Federação, periferia de Salvador. Na comunidade do Engenho Velho, onde sempre viveu, aprendeu ainda garota, como nas palavras da Makota ‘‘a fazer política não partidária’’, por meio de trabalhos sociais na associação de moradores, junto com o seu pai Paulo de Oliveira Pinto – Mestre Paulo e sua mãe, Eneclides de Oliveira Pinto, Dona Neca.
Após formar-se educadora, ensinou na sede da Associação de Moradores, em Barracão de Terreiro de Candomblé, escolas, na própria casa e também nas Ilhas Virgens, quando foi convidada para lecionar português a um grupo de estrangeiros que viria para o Brasil.
Em 1975 foi iniciada no Candomblé, no Terreiro Tanuri-Junçara e confirmada para o cargo de Makota. ‘‘A partir de minha entrada no Candomblé, empunhei uma bandeira. Entendi que deveria começar a ser uma voz do Candomblé’’, pontuou em entrevista à Revista Palmares. E assim o fez. Em 2013, lançou o livro de memórias intitulado ‘‘Meu Caminho, Meu Viver’’.
Makota Valdina teve sua vida retratada no documentário ‘‘Makota Valdina – Um jeito Negro de Ser e Viver’’, que recebeu o primeiro Prêmio Palmares de Comunicação, da Fundação Cultural Palmares, na categoria Programas de Rádio e Vídeo.
O povo de Nkisi não morre! Que a vida e os ensinamentos de Makota Valdina sejam sempre referência na luta contra o racismo e intolerância religiosa e na valorização da cultura afro-brasileira.
(CLIQUE AQUI) e assista aqui o documentário “Makota Valdina – Um jeito Negro de Ser e Viver”