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Morre Roberto Silva, o Príncipe do Samba, após luta contra o câncer
O sambista Roberto Silva, mais conhecido como ‘Príncipe do Samba’, morreu na madrugada deste domingo (9/9) no Rio de Janeiro. O artista vinha sofrendo de câncer na próstata. Ele foi internado na última sexta-feira no Hospital Salgado Filho, no Méier, após ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e apresentar um rim paralisado. O corpo será velado na Capela Santa Isabel e o enterro, às 16h, no Cemitério de Inhaúma. Roberto Silva tinha 92 anos, sete filhos e 30 netos.
Roberto Napoleão Silva nasceu no morro do Cantagalo em Copacabana no dia nove de abril de 1920. Iniciou a carreira de cantor no rádio, na década de 30 e nos anos 40 fez suas primeiras gravações, no elenco das rádios Nacional e Tupi. Por conta da sua elegância, recebeu o apelido elogioso do apresentador Carlos Frias. Com interpretações marcadas pelo estilo sincopado e levemente dolente era inspirado em dois ídolos: Cyro Monteiro e Orlando Silva.
O primeiro sucesso, lançado pela Star, foi “Mandei Fazer um Patuá” (R. Olavo/ N. Martins). Em 1958 veio o LP “Descendo o Morro”, que teve continuações, nos volumes 2, 3 e 4. Entre seus muitos sucessos destacam-se “Maria Teresa” (Altamiro Carrilho), “O Baile Começa às Nove” (Haroldo Lobo/ Milton de Oliveira), “Juraci Me Deixou” (Raimundo Olavo/ Oldemar Magalhães), “Escurinho” (Geraldo Pereira) e “Crioulo Sambista” (Nelson Trigueiro/ Sinval Silva), entre outras. No total, gravou 350 discos de 78 rotações e perto de 20 LPs. Afastado das gravações nos últimos anos, teve vários de seus discos relançados em CD e em 1997 saiu a coletânea “Roberto Silva Canta Orlando Silva”, extraída de seus vários LP na Copacabana.
Fonte: Correio Braziliense