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Morre Isabel, líder negra e sindical
Na última segunda-feira, o movimento sindical perdeu uma valorosa ativista. Isabel Cristina Baltazar, morreu em sua residência, vítima de infarto. Ex-dirigente da Federação Nacional dos Servidores da Previdência Social e da Saúde e do Sindicato da categoria no Rio de Janeiro, Isabel tinha 43 anos e era respeitada por todos por sua militância na luta em defesa da saúde pública, dos direitos dos trabalhadores, pelo fim da discriminação racial, no movimento de mulheres e por uma sociedade socialista, com justiça e igualdade.
Foi dirigente do Movimento Negro Unificado, do Movimento de Mulheres Negras, tendo participado da direção e da Comissão Anti-Racismo da CUT. Na vida partidária, militava no PSOL, na corrente política Coletivo Socialismo e Liberdade. Deixa duas filhas, um filho e uma neta.
Homenagens
Homenagens de amigos, familiares, companheiros de militância sindical, do MNU e de partidos políticos de esquerda marcaram com emoção a despedida de Isabel. Mais de 200 pessoas foram ao seu sepultamento, no Cemitério Nossa Senhora de Belém, em Caxias. A cerimônia foi conduzida com cantos do Candomblé, do qual fazia parte, num ritual de passagem em que participou a Yalorixá de Isabel, Mãe Indiara, e cerca de 50 religiosos, vestidos no traje branco característico do Candomblé.
“Era uma liderança nacional. Participava com garra e eloqüência de todas as lutas. Era uma guerreira contra a discriminação racial e assumia publicamente sua opção religiosa, o Candomblé, tendo orgulho de ser negra”, frisa o diretor do Sindicato e ativista do MNU, Verton da Conceição