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Livros vencedores do prêmio Oliveira Silveira , são lançados em Macapá
Foi lançada na sexta-feira passada (04), as margens do Rio Amazonas na cidade de Macapá, a coleção de obras literárias vencedoras do Prêmio Oliveira Silveira, promovido pela Fundação Cultural Palmares (FCP) vinculada ao Ministério da Cultura (MinC) foram elas: ÁGUA DE BARRELA da escritora Eliana Alves dos Santos Cruz, HAUSSÁ 1815 – COMARCA DAS ALAGOAS, do autor – Júlio César Farias de Andrade, SOBRE AS VITÓRIAS QUE A HISTÓRIO NÃO CONTA, de André Luís Soares, SINA TRAÇADA, de Custódia Wolney e SESSENTA E SEIS ELOS do autor Luiz Eduardo de Carvalho.
Esse Prêmio traz como proposta a produção de romances e como tema principal a realidade afro-brasileira. Durante o evento os livros foram apresentados pela professora Dra. Natali Fabiana da Costa e Silva e autografados por seus autores.
A cidade escolhida para a 5ª edição do lançamento dos livros é linda, de pequeno porte,com um ambiente sem poluição, com uma população acolhedora, com uma rica paisagem natural proporcionada pelo rio amazonas, o maior do mundo, além de ser o único município brasileiro por onde passa a Linha do Equador e ter 70% da sua população de negros.
A abertura do lançamento foi marcada com apresentação cultural da Associação Cultural Ancestrais e com o hino sendo interpretado por Larrane Mendes da Associação Cultural Berço do Marabaixo da Favela, emocionando os convidados.
A mesa de abertura foi composta por convidados ilustres como o Deputado Federal Marcos Reátegui, a Coordenadora Geral do Núcleo de estudos Afro-Brasileiros – Neab/Unifap professora Dra. Piedade Lino Vieira, junto com o Presidente da Fundação Cultural Palmares Sr. Erivaldo Oliveira da Silva dentre outros.
A Professora Dra. Piedade que era uma dessas ilustres convidadas, falou sobre a importância de fundamentar políticas públicas “é de uma importância imensa nesse processo de articulação a gente dialogar para trabalhar e fundamentar políticas públicas para a população negra do Amapá”
O deputado federal Marcos Reátegui que falou orgulhoso da alegria de receber pela primeira vez no estado do Amapá um presidente da Fundação Cultural Palmares “Eu, venho acompanhando de perto, inclusive, o trabalho da Palmares, fico muito feliz de receber pela primeira vez no meu estado, o presidente da Fundação Cultural Palmares.”
D. Esmeraldina Dos Santos, que era uma das convidadas e foi convidada a sentar-se à mesa de abertura, estava representando os poetas, pesquisadores e escritores negros do Amapá além de ser moradora da comunidade do quilombo do Curiaú, ela fez questão de falar da satisfação em receber a Fundação Palmares em seu estado e ainda sobre a força de vontade, hoje com 58 anos voltou a estudar e está cursando 2 faculdades, mostrando que com vontade conseguimos conquistar os nossos objetivos. “É uma satisfação muito grande para eu negra, que batalho no dia a dia, voltei a estudar em 2009 e estou fazendo duas faculdades, também estou na UNIFAB, tentando entrar pra esse mundo de literatura…”
O presidente da Fundação Cultural Palmares Erivaldo Oliveira da Silva falou sobre a Palmares Itinerante que tem como objetivo levar políticas públicas para todo o Brasil e ressaltou a felicidade em participar de grandes agendas com o deputado Marcos Reátegui, em um estado onde teve uma receptividade maravilhosa.
“ Hoje é uma noite de celebração pois Macapá é a terra da felicidade. A Palmares está lançando a Palmares Itinerante, as demandas estão nas comunidades quilombolas, o povo sem cultura está mergulhado em seu tumba, povo sem cultura ainda não nasceu, por isso a Palmares está determinada em fortalecer cada vez mais o Prêmio Oliveira Silveira,lançando no Amapá grandes projetos para que tenhamos nossa história escrita.” , ressalta ele.
O presidente informou ainda sobre a virada cultural Afro que acontecerá no estado do Amapá, nos dias 29,30 e 31/12 para celebrar a cultura – afro.