Nascido em Ginsberg Township, na atual província do Cabo Oriental da África do Sul, em 1946, Stephen Bantu Biko pertencia à etnia Xhosa. Ativista anti-apartheid da África do Sul entre as décadas de 1960 e 1970, não faz parte somente da memória política da África do Sul, mas também da memória da cultura ocidental. Dedicou-se a dissipar a noção de que as características físicas dos negros — como cor da pele, detalhes do rosto e cabelos — seriam feias.
Biko ficou famoso por seu slogan “black is beautiful”, que o próprio descreveu como: “você está bem como você é, comece a olhar para si mesmo como um ser humano”. Iniciou sua militância como liderança estudantil e contribuiu para a fundação de movimentos voltados à consciência negra. Por esse motivo, foi exilado pelo governo do apartheid, em fevereiro de 1973, e proibido de falar com mais de uma pessoa evitando que mobilizasse multidões .
Já em 1977, Biko foi preso em uma barreira policial e interrogado por 22 horas por oficiais da polícia. Esse interrogatório incluiu tortura e espancamentos, resultando em coma e morte do militante. A polícia alegou que sua morte foi resultado de uma greve de fome prolongada, fato desmentido por meio de uma autópsia. Foram sua luta e as circunstâncias brutais em que foi assassinado que o tornaram símbolo da resistência negra ao regime de apartheid.