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Lindivaldo Júnior (Júnior Afro) assume o Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira da FCP
O gestor e produtor cultural Lindivaldo Oliveira Leite Junior passa a integrar a equipe da Fundação Cultural Palmares como o novo diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira – DEP, de acordo com o Diário Oficial, publicado na última sexta-feira, 17/05. Júnior Afro, como é conhecido, é licenciado em história é tem ampla experiência em planejamento, coordenação e acompanhamento de ações voltadas para a preservação do patrimônio cultural imaterial.
Como gestor da FCP, Júnior planeja dar visibilidade às expressões da cultura negra no Brasil, a fim de fortalecer as iniciativas de produtores negros. Para ele é necessário mapear as expressões culturais afro-brasileiras e construir uma base de informações de acordo com a área geográfica que ocorrem. “É importante lembrar que as manifestações culturais, as religiões de matriz africana e os quilombos garantem historicamente a sobrevivência social e psicológica de uma população que foi escravizada e encontrou na cultura uma forma de superação e perspectiva de futuro”, afirma.
O diretor avalia positivamente as iniciativas governamentais que propõem novas políticas de inclusão cultural. Nesse sentido, ele acredita que ainda há muito para avançar. “É preciso ampliar as políticas de editais para valorizar as iniciativas da produção cultural negra brasileira. O objetivo é ver a cultura negra mapeada e georreferenciada com a juventude incluída”, aponta.
Racismo que persiste – Na FCP, Júnior conta que está reassumindo o compromisso de combater o racismo e todas as formas de preconceito. “O combate ao racismo tem sido foco da minha atuação como gestor de políticas de igualdade racial. Sempre existiu um movimento de resistência às formas de opressão da população negra e a cultura tem papel fundamental nesse processo”, reflete.
O historiador destaca ainda que por meio do fortalecimento das políticas culturais é possível mudar a realidade de discriminação contra os afro-brasileiros. A frente do DEP, Júnior quer combater a realidade de extermínio dos jovens negros, o racismo nos meios de comunicação e as várias formas de discriminação contra as religiões de matriz africana. “A cultura negra é a cultura brasileira, e tem uma capacidade extraordinária de fazer o Brasil ser melhor do que já o é”, conclui.