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Lima Barreto
Publicado em
12/05/2009 14h00
Atualizado em
19/03/2024 10h19
Em 13 de maio de 1881, nascia Lima Barreto, escritor e jornalista negro, que retratou em sua obra o preconceito racial, do qual ele foi vítima. Era filho de João Henriques de Lima Barreto (mulato nascido escravo) e de Amália Augusta (filha de escrava agregada da família Pereira Carvalho).
“Recordações do Escrivão Isaías Caminha”, seu primeiro livro, publicado em Lisboa, em 1909, retrata a preocupação do autor em debater o indivíduo inserido no meio em que ele vive, como uma extensão de sua própria vida. Retratou as injustiças, os conflitos sociais e os preconceitos de sua época nas inúmeras matérias publicadas no jornal “Correio da Manhã”, no Rio de Janeiro.
Em 1910, fez parte do júri no julgamento dos participantes do episódio chamado “Primavera de sangue”, condenando os militares no assassinato de um estudante, sendo por isso preterido, daí para frente, nas promoções na Secretaria da Guerra, onde trabalhava.
Sua obra mais conhecida, “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, foi publicada, em forma de folhetim no “Jornal do Commércio”. Narra a vida de um funcionário público, em três estágios. A primeira parte relata sua vida como funcionário público; a segunda, como proprietário rural; a terceira, como soldado voluntário na Revolta da Armada, de 1893.
A partir de 1916, Lima Barreto começa a militar a favor da plataforma anarquista. Em 1917, publica um manifesto socialista, que exaltava a Revolução Russa. No ano seguinte, doente e muito fraco, foi aposentado do serviço público e em 1º de novembro de 1922 veio a falecer, vítima de um colapso cardíaco.
Lima Barreto é considerado um autor pré-modernista por causa da forma com que encarava os problemas do Brasil. Criticava o nacionalismo ufanista surgido no final do século XIX e início do XX.
O romance “Triste Fim de Policarpo Quaresma” está entre as obras-primas da literatura brasileira.
Principais Obras
- Romances
– Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909);
– Triste fim de Policarpo Quaresma (1915);
– Numa e a ninfa (1915);
– Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919);
– Clara dos Anjos (1948).
- Sátira
– Os Bruzundangas (1923);
– Coisas do Reino do Jambom (1953).
- Contos
– Histórias e sonhos (1920);
– Outras histórias e Contos argelinos (1952)