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Hip-Hop se torna Patrimônio Cultural Imaterial nos Estado de São Paulo
Nesta quinta-feira (07), a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), aprovou a Lei 498/2021, que reconhece o Hip Hop como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de São Paulo. A proposta foi apresentada pela deputada estadual de SP, Leci Brandão, do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), com coautoria de Márcia Lia (PT); Márcio Nakashima (PDT) e Emídio de Souza (PT).
O Hip Hop é um movimento urbano cultural que surgiu nos Estados Unidos nos anos 1970, no Bronx de Nova York, resultado dos confrontos e trocas culturais entre negros norte-americanos, jamaicanos e porto-riquenhos. Surgindo como palco político, anterracista e busca por meio da arte transformar realidades sociais.
O gênero musical popular entre os jovens é o Rap, onde traz falas rítmicas e rimadas em forma de canto, essa característica é predominante, no qual visa expor a realidade da vida cotidiana, como a violência e o racismo. Por sua vez, transforma em manifestações culturais urbanas, virando, posteriormente, canções profundas e reflexivas. Esse ritmo das ruas, da voz a bairros de maioria negra e pobre.
Em 2010, o Ministério da Cultura promoveu o prêmio Hip-Hop. Em São Paulo, a Secretaria Municipal de Cultura lançou o Fórum Hip-Hop e a Semana Cultural dedicada aos artistas do gênero. Onde por sua vez, possibilitou uma troca intercultural de povos anteriormente marginalizados.
Em 2015, foi pintado o maior mural de grafite da América Latina, na avenida 23 de maio, em São Paulo, com a autorização da prefeitura. Os cinco quilômetros de muro reúnem obras de 200 grafiteiros.
O Hip Hop não é apenas um movimento social, mas é a consolidação do poder da criatividade como manifesto das lutas diárias de uma sociedade que busca transformar vidas, através da expressão da arte urbana e periférica.