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Governo Federal integrado no combate à intolerância religiosa no DF
Foi positiva a audiência realizada na tarde desta quarta-feira, 31 de maio, entre representantes das religiões de matriz africana do DF, com o assessor especial da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Ivair Augusto dos Santos e o presidente da FCP/MinC, Ubiratan Castro de Araújo. A partir de agora, as duas instituições federais vão trabalhar de forma integrada com os grupos religiosos de matriz africana do Distrito Federal no combate a atos de vandalismo contra os símbolos do Candomblé, da Umbanda e Quimbanda.
Uma das ações acordadas na reunião, realizada no Ministério da Justiça, foi a elaboração de um projeto, o qual prevê a realização de um grande ato público contra a intolerância religiosa no Distrito Federal. Estima-se que hajam mais de 100 mil adeptos das religiões de origem africana no DF. O primeiro passo em favor da preservação da liberdade de culto começou a ser dado já nesta quinta-feira, dia 1º de junho. Representantes das entidades religiosas se reúnem na sede da Federação Brasiliense de Umbanda e Candomblé para elaborar um projeto a ser entregue à FCP e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, com ações pela defesa e dignidade das religiões afro-brasileiras. “Queremos garantir um melhor uso da Praça dos Orixás, situada na Prainha junto ao Lago Paranóa. Hoje as imagens do Panteão estão danificadas e o local precisa ser revitalizado”, esclarece Raimundo dos Santos (Pai Raimundo de Oxum), presidente e zelador da Sociedade Religiosa Ilê Oxum Axé Opó Afonjá Oni Xangô.
Vandalismo preocupa a comunidade afro-brasileira do DF
Oito ataques contra imagens dos orixás, situadas na Praça dos Orixás, na Prainha do Lago Paranoá já foram registradas desde maio do ano passado. O desrespeito e as agressões contra imagens montadas no panteão continuam. Todas as 16 imagens de orixás , confeccionadas pelo artista-plástico Tati Moreno e montadas no local estão danificadas. O último ato de vandalismo no local ocorreu no último dia 19 de maio. Duas imagens, as de Oxalá e Xangô foram derrubadas em um ato criminoso, cujos responsáveis ainda não foram encontrados.