Fundação Cultural Palmares apresenta propostas para revitalizar a Prainha dos Orixás, em Brasília

Brasília, 29/6/07 –  O diretor da Fundação Cultural Palmares/MinC, Antônio Pompêo, acompanhado da também diretora Maria Bernadete Lopes apresentaram a proposta da instituição pública para recuperar o sítio total da Prainha, onde fica também localizada a Praça dos Orixás, junto ao Lago Paranoá, em Brasília. A proposta, explicou Pompêo, vale para ressaltar a valorização do espaço público como uma área de promoção da cultura e da diversidade afro-brasileira. A Prainha do Lago Paranoá é um espaço muito conhecido pelos candangos, pois lá sedia o Rèveillon, sempre nas viradas de ano, com a entrega de oferendas e bênçãos dadas por líderes das religiões de matriz africana a adeptos e a população em geral.

As propostas apresentadas pela Fundação Palmares foram as seguintes:

1. Estabelecer parcerias com o Estado, as prefeituras locais e outras instituições, com vistas à cooperação mútua e a continuidade do programa;

2. Abrir pauta para inscrição de projetos sociais, educativos e culturais passíveis de serem realizados na Prainha;

3. Submeter-se a instituições parceiras governamentais e não-governamentais para financiamento de oficinas e exposições a serem realizadas na Prainha;

4. Propor convênios e acordos de cooperação a instituições igualmente idôneas para viabilizar, em parceria, ações e programas sócio-culturais a serem executados na Prainha;

5. Identificar oportunidades como exposições, cursos e eventos que possam contribuir para a manutenção e revitalizção daquele espaço;

Sobre o Plano de Implementação das propostas, o documento lido pelo diretor Antônio Pompêo aos presentes na reunião realizada nesta quinta-feira (28) com o secretário da Cultura do DF, Silvestre Serrano, ainda destaca que o Grupo Gestor da Prainha (Espaço Cultural Praça dos Orixás) poderá adotar o modelo de gestão participativa, onde a comunidade será estimulada a indicar suas demandas para que sejam propostos projetos e ações, tendo em vista a vida produtiva local que compreende a produção artística, a culinária e eventos do calendário religioso. As ações e eventos, detalha o documento, deverão refletir a diversidade cultural, religiosa e humana da região, bem como os possíveis conhecimentos mais requisitados pela realidade local.

A respeito da recuperação do acervo instalado na Prainha, o texto apresentado pela Fundação Cultural Palmares aponta que o conjunto de bens que constitui o acervo material da Prainha serão adquiridos, primeiramente, mediante parte do financiamento do Ministério da Cultura, através da Fundação Cultural Palmares. Por conta disso, o Grupo Gestor irá lançar mão das seguintes estratégias para a aquisição: campanhas para arrecadação de verba para ações culturais e educativas da Prainha, estabelecimento de convênios e acordos de cooperação e elaboração de projetos com vistas à manutenção e renovação do acervo.