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Fórum debate o combate ao racismo nas escolas
Foto – Maria Paula Andrade
“Nossas conquistas são diárias, não existe um só dia de descanso para nós do movimento negro”, disse o cantor Lazzo Matumbi, no II Fórum de Educação Étnico Racial que aconteceu no último dia 13 na escola 307/308 Sul, em Brasília. O evento faz parte de um Programa que visa estimular, nas escolas, ações e práticas de combate ao racismo e a inserção do estudo do negro e indígena no conteúdo programático das escolas, como determina a Lei 10.639.
O encontro foi promovido pela Diretoria Regional de Ensino do Plano Piloto e Cruzeiro em parceria com a Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura.
Para Lazzo não há o que comemorar no dia 13 de maio. “O dia da assinatura da lei Áurea, bem como a maioria das nossas datas cívicas, foram introduzidas pela elite branca, não celebra nenhuma conquista popular, nenhuma transformação social verdadeira. Serve, principalmente, para a elite branca lembrar-se desse ato de magnanimidade, livrando-se de qualquer responsabilidade direta ou indireta pela situação social dos negros no passado e no presente”.
Abertura do Fórum foi feita pela escola Jardim de Infância 21 de Abril. As crianças de quatro a seis anos mostraram sua capoeira, coordenada pela professora Betinha, do grupo Abada Capoeira. O grupo, na escola, nasceu com o entusiasmo das crianças após a apresentação de um grupo de capoeiristas.
“As crianças ficaram tão empolgadas que resolvemos dar aulas de capoeira na escola”, disse a professora Katiúscia Lucas.
Já o encerramento ficou por conta dos estudantes Pedro e Wesley, que apresentaram o hap da Cidadania, que trabalha a consciência negra.
Esteve também presente no evento, o presidente do Conselho da Defesa dos Direitos do Negro do Distrito Federal, Júlio Romário.