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CAPOEIRA
Ferramenta de luta contra a opressão escravista
Hoje, 05 de julho, é o “Dia Mundial da Capoeira”, quando se celebra a arte milenar desenvolvida por negros escravizados e reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/MinC).
Sequestrados e traficados para o Brasil, negros de diferentes nações africanas foram submetidos a trabalhos forçados nos engenhos de cana-de-açúcar, nas fazendas de café, nas roças e nas casas-grandes, sofrendo toda sorte de violências.
E como forma de defesa e resistência, durante o período colonial, de domínio português, passaram a praticar essa mescla de movimentos e sons, camuflando arte marcial com movimentos de dança.
As lutas geralmente ocorriam em terreiros próximos às senzalas, servindo como forma de amenizar o estresse gerado pelo trabalho duro, além de contribuir para a manutenção da cultura africana.
Essa modalidade de arte e luta acabou se perpetuando como recurso de defesa física e resistência cultural dos afro-brasileiros.
Tipos de Capoeira:
Existem vários estilos de capoeira, sendo os principais:
- Capoeira Angola: O estilo mais antigo, caracterizado por golpes mais próximos ao solo, ritmo musical mais lento e ausência de palmas durante a roda.
- Capoeira Regional: Criada pelo mestre Bimba, apresenta um ritmo musical mais rápido e seco, com movimentos mais suaves. Durante a roda, alguns participantes jogam enquanto outros batem palmas em pé.
- Capoeira Contemporânea: Uma prática mais recente que surgiu na década de 70, combinando características da Capoeira Angola e Regional. O objetivo é realizar movimentos mais rápidos e energéticos.