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Feira do Livro de Frankfurt terá presença de escritoras brasilienses
Três escritoras brasilienses que atuam no registro literário da cultura afro-brasileira participarão do maior evento mundial do mercado editorial: a Feira do Livro de Frankfurt. Custódia Wolney, Waleska Barbosa e Gisele Gama Andrade apresentarão junto aos seus trabalhos as obras premiadas pelo I Prêmio Oliveira Silveira, edição 2015, da Fundação Cultural Palmares (FCP).
A presença das escritoras, no evento que acontecerá entre os dias 16 e 20 de outubro, na Alemanha, foi garantida pela participação de Gisele Gama, com o Projeto Sara e Sua Turma, no edital Conexão Cultura DF, da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal (Secult/GDF). Gisele, que é autora, consultora e empresária, crê que a aposta para este ano está na possibilidade de mostrar o Brasil como ele precisa ser visto: um país rico em diversidade cultural. “Poder mostrar ao mundo a nossa cultura é mais que uma oportunidade, é uma missão. Nossos títulos já estão traduzidos para o inglês, o espanhol e o japonês. É uma chance de criarmos outras conexões também”, diz.
Junto dos livros premiados – Água de Barrela; Haussá 1815: Comarca das Alagoas; Sobre as Vitórias Que a História Não Conta; Sessenta e Seis Selos e Sina Traçada – as escritoras levarão ainda a obra O amor ao próximo é legalizado – pode usar sem medo! de Mateus Santana, poeta brasiliense que enfatiza as relações afetivas presentes nas situações cotidianas. Também publicitário, Santana desenvolveu as capas dos livros contemplados pelo Prêmio, elaborando das ilustrações à composição gráfica.
Best Sellers afro-brasileiros – Os livros publicados pela Fundação no I Prêmio Oliveira Silveira totalizaram uma tiragem de 30 mil exemplares que foram distribuídos pelas principais capitais do Brasil. “As obras publicadas pela Palmares já vão para as ruas como Best Sellers, e em Frankfurt trabalharemos a viabilidade para que elas se internacionalizem, até porque as temáticas são de interesse mundial”, enfatiza Vanderlei Lourenço, presidente da FCP.
“A participação em Frankfurt será um momento importante, uma visibilidade e a internacionalização da nossa literatura e da nossa cultura registrada”, destaca o presidente. “Um grande passo, pois, em 2020, a Palmares pretende entrar no circuito das feiras literárias internacionais com os livros contemplados na segunda edição do Prêmio Oliveira Silveira”, completa.
Oportunidade – A Feira será movimentada por editorias de todo o mundo, dentre as quais estarão 31 do Brasil. O estande do país tem mais de 10 nomes de peso confirmados na programação especial com palestras e performances.
Para a jornalista Waleska Barbosa, que participa da feira pela primeira vez e discursa sobre literatura periférica, Frankfurt será em breve, um sonho realizado: “Tenho um sentimento de expectativa, curiosidade e uma alegria imensa por fazer parte desse seleto grupo de escritores”, ressalta.
– Confira a programação completa do estande do Brasil:
16 de outubro
12h às 12h30 – A escritora Regina Drummond e a CEO da editora Gira Brasil, Brita Moench-Pingel, abrem os talks do primeiro dia da Feira em conversa sobre tradução de livros brasileiros vendidos no exterior.
16h às 16h30 – Autor Alexandre Oliveira conversa sobre o seu primeiro romance, Reservado.
17 de outubro
12h às 12h30 – Ilan Brenman fala sobre o que torna um livro infantil um bestseller dentro e fora do Brasil.
18 de outubro
16h às 16h30 – Romancista Custódia Wolney comenta sobre local de fala versus conhecimento agregado na literatura negra.
17h30 às 18h – Sessão de meditação e mindfulness no final do dia fecha a sessão de talks da sexta-feira, com a editora De Rose.
19 de outubro
10h às 10h30 – Autoras da Fundação Palmares falam sobre suas obras e questões raciais
12h às 12h30 -Autora Fernanda Oliveira fará uma apresentação cantada.
14h-14h30 – Jornalista Waleska Barbosa e o autor Alexandre Oliveira falam sobre a literatura que vem da periferia.
16h-16h30 – Texto Vivo – programação de contação de história. A atração conta com uma performance literária com expressão corporal e teatralidade metaforizando o “eu literário” em diversas formas de linguagens.