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FCP recebe integrantes da Sociedade Recreativa União Operária de Criciúma
A Fundação Cultural Palmares (FCP), recebeu nesta terça-feira, 20 de fevereiro de 2024, na sede da entidade, integrantes da Sociedade Recreativa União Operária (SRUO), a fim de dialogarem sobre futuras parcerias em relação à preservação do patrimônio sociocultural da cultura negra nos clubes sociais, não somente em Criciúma -sede da associação- mas em todo o estado de Santa Catarina e no Brasil.
O espaço histórico, criado em 15 de fevereiro de 1941, representa um símbolo de luta e resistência contra o racismo e a segregação racial. Mesmo enfrentando muitos impasses estruturais e financeiros, o clube vem lutando por sua reestruturação, a fim de restabelecer suas atividades, visando um local de expressão da cultura negra, o qual enfatize a história do lugar e da comunidade na cidade.
Participaram da reunião, o presidente da FCP, João Jorge Santos Rodrigues; os presidentes do clube, Iara Odila Nunes e Clésio Silveira; o vice-presidente da associação, Reginaldo de Oliveira e Rhuan Carlos Fernandes, militante e pesquisador da SRUO.
“O que podemos fazer é criar uma atmosfera para ajudar nacionalmente esses clubes históricos. É necessário agendar com as autoridades municipais e estaduais e assim dialogar, informando que existem muitas formas de incentivo. O objetivo é articular também com outros ministérios e a partir daí, pensar num encontro nacional ou numa audiência, fomentando ainda mais essa rede de encontro. É importante que a Palmares seja esse elo que une a história e cultura desses importantes clubes”, observou o presidente João Jorge Santos Rodrigues.
A Chefe de Gabinete da FCP, Ângela Inácio; a diretora do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro (DPA), Flavia Costa e o diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira (DEP), Nelson Medes também participaram do encontro.
Iara Odila Nunes, presidente da associação, alertou que a preocupação em preservar os clubes deve partir de todas as esferas da sociedade, pois são patrimônios históricos que ultrapassam gerações.
“Aqui, temos duas questões em relação aos clubes negros que merecem serem ouvidas: sendo sobre a revitalização e a preservação do patrimônio histórico cultural. Existem vários clubes espalhados, com finalidades diferentes em termos estruturais. Entretanto, o apelo de hoje é para que continuemos existindo, ou seja, precisamos unir forças para criar uma associação de clubes negros de todo o Brasil. Só assim vamos conseguir fortalecer nosso patrimônio histórico. Viemos para dar esse alerta, nós precisamos de socorro para preservar nossa memória.” Relatou Iara.
Flavia Costa, diretora do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro (DPA), informou que irá articular junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), um diálogo com o objetivo de fortalecer essa pauta, a qual, a mesma considera crucial para o fortalecimento da cultura afro-brasileira.