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FCP participa de seleção de bolsistas para o Programa de Ações Afirmativas do Instituto Rio Branco
Nesta sexta-feira, 29 de fevereiro, a comissão interdisciplinar do programa de Ação Afirmativa do Instituto Rio Branco selecionou os bolsistas que irão participar do curso preparatório para o ingresso na carreira diplomática.
Ao todo, foram classificados 80 candidatos na primeira etapa das provas, que se submeteram à sessão de entrevista técnica, cujos avaliadores foram diplomatas ex-bolsistas do Programa, que representaram o Ministério das Relações Exteriores, além de representantes da Fundação Cultural Palmares/MinC, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da Secretaria Especial de Direitos Humanos e do Conselho Nacional de Pesquisa Científica – CNPq.
A Ação Afirmativa do Instituto Rio Branco constitui-se no desembolso de dez parcelas de R$ 2.500,00 mensais para que o estudante afro-descendente, portador de diploma de nível superior e aprovado no Programa, possa dedicar-se aos estudos preparatórios para o ingresso na carreira diplomática, através da qualificação oferecida pelo IRB.
Neste Programa, após um ano de cuidadosa preparação custeada pela bolsa, o candidato inscreve-se e faz os exames admissionais à carreira diplomática, cuja seleção é rigorosa e requer conhecimentos específicos e abundantes sobre várias disciplinas, associados ao raciocínio complexo.
Foram mais de 500 candidatos inscritos em 2007 provenientes de todo o Brasil que concorreram a 32 bolsas. A qualidade e o perfil dos candidatos é variável, mas todos têm excelente formação acadêmica. São médicos, advogados, bacharéis em Comunicação Social, engenheiros, licenciados em Letras, História, Física, e outras graduações, e ainda, muitos com diplomas de pós-graduação.
O que une esses candidatos é o fato de serem afro-descendentes altamente qualificados, sobreviventes das discriminações e que forjaram diferentes estratégias para escapar das estatísticas do analfabetismo e da violência, nutrindo o desejo de ingressar na carreira diplomática, de ser produtivos e reconhecidos como representantes do Brasil, em um espaço de difícil acesso, sem o apoio das Bolsas e das ações do programa de Ação Afirmativa.