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FCP comemora repercussão do edital Arte do Quilombo
A Fundação Cultural Palmares (FCP) comemorou cerca de 600 inscritos para o edital ARTE DO QUILOMBO, que teve suas inscrições encerradas na última quarta-feira (23). O objetivo é, com R$ 688 mil em prêmios, contemplar 100 iniciativas de membros de Comunidades Remanescentes de Quilombos (CRQs) e autodeclarados negros (pretos ou pardos) comprovadamente praticantes das expressões culturais afro-brasileiras.
A premiação vem em um momento importante, pois muitos produtores e fomentadores de arte e cultura estão passando por uma fase crítica devido à pandemia do Covid-19; desse modo, a FCP terá a possibilidade de premiar e valorizar artesãos, músicos e artistas em geral do segmento afro-brasileiro
Para Ebnézer Nogueira, diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira (DEP), o intuito é colocar a arte negra e Quilombola em evidência no Brasil “É o primeiro de muitos editais sob a gestão de Sérgio Camargo. O dinheiro do pagador de impostos será investido em quem promove e fomenta a cultura no país”, completa.
A próxima etapa é a habilitação, onde serão conferidos os documentos encaminhados. A previsão da publicação do resultado inicial é dia 30 de setembro. Depois disso, vem o recurso de habilitação, e posteriormente a seleção, ressaltando que todos esses trâmites constam em edital.
Serão classificadas as iniciativas cuja as propostas apresentem manifestações da cultura afro-brasileira, o resgate, a valorização e a preservação de saberes dos povos tradicionais remanescentes de quilombos, propostas com caráter socioeducativo, com a valorização das fontes de conhecimento, das dimensões históricas, sociais e tradicionais da cultura afro-brasileira, além de apresentação de iniciativas junto a programas sociais do Governo. Ressaltando que todos os critérios de avaliação estão disponíveis no Edital.
Mensagem do Presidente: “O edital tem importância histórica, pois marca uma significativa reformulação da agenda, procedimentos e prioridades da Fundação. Com alcance nacional, o certame premiará, de forma democrática, 100 artistas, fato inédito nos 31 anos de existência da Fundação.
Dessa forma, a instituição abandona a antiga prática de destinar recursos públicos a artistas apadrinhados por grupos partidarizados e para aqueles que têm “nome” e condições de captar patrocínio privado no mercado ou por meio das leis de incentivo fiscal.
Em sua nova fase, a Fundação dará prioridade ao pequeno artista, frequentemente desconhecido do grande público.
É importante destacar que, com o ato, a fundação encerra a antiga prática de celebração de “contratos de balcão” para contratação de artistas e eventos, muitas vezes acertados sem a necessária transparência e garantia de lisura entre as partes.
Passando por grandes transformações, a Fundação Cultural Palmares sai do “gueto político e cultural” no qual esteve confinada pelas gestões passadas e volta-se para o Brasil, priorizando em suas ações seu verdadeiro público: o cidadão produtor de Cultura autêntica, desvinculada de ideologias, de “empoderamentos” e de interesses alheios ao seu modo de vida e aos objetivos da verdadeira arte”, diz Sérgio Camargo.
A FCP agradece a todos os inscritos que colaboraram para o sucesso desta iniciativa.