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FCP acompanha investigações sobre execução de família quilombola no Sul do Pará
Publicado em
23/06/2006 17h00
Atualizado em
11/06/2024 08h52
Brasília, 23/6/06 – As investigações em torno da execução da família do trabalhador rural Raimundo Nonato Muniz, ocorrida no último dia 20 de junho, no município de Baião, no Sul do Pará, está sendo acompanhada de perto pela procuradoria-geral da Fundação Cultural Palmares/MinC. A procuradora-geral da instituição federal, Ana Maria Oliveira, mantém contato permanente com as autoridades de segurança pública do Pará, a fim de exigir a plena investigação do caso e ainda a proteção policial para famílias de trabalhadores rurais da região de Baião. Raimundo Nonato Muniz, sua esposa, Isaura Alves Muniz e seus filhos, Tatiana Alves Muniz e Tiago Alves Muniz, todos remanescentes de quilombos (quilombolas), foram executados na propriedade da família, situada na área rural do Iterpa, denominada Lago Verde, no município de Baião, Sul do Pará. O local onde os Muniz viviam é uma área de quilombo vizinha ao projeto de assentamentodo Incra, denominado Pirassununga. O delegado-titular da Polícia Civil em Tucuruí identificou seis suspeitos de autoria do crime.
“Os supostos autores do homicídio estão sendo transferidos para Belém, capital do Estado. O crime teria ocorrido porque Raimundo não permitiu que os supostos matadores extraíssem madeira de sua propriedade. Este tipo de prática – extração ilegal de madeira – é muito comum na região”, disse a procuradora Ana Maria Oliveira após contatar com o investigador Sanchez, da delegacia de Tucuruí.
Além da Fundação Cultural Palmares/MinC, responsável por prestar assistência jurídica às comunidades remanescentes dos quilombos, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos e o Incra também encaminharam profissionais para cuidar do caso no Pará.
“Os supostos autores do homicídio estão sendo transferidos para Belém, capital do Estado. O crime teria ocorrido porque Raimundo não permitiu que os supostos matadores extraíssem madeira de sua propriedade. Este tipo de prática – extração ilegal de madeira – é muito comum na região”, disse a procuradora Ana Maria Oliveira após contatar com o investigador Sanchez, da delegacia de Tucuruí.
Além da Fundação Cultural Palmares/MinC, responsável por prestar assistência jurídica às comunidades remanescentes dos quilombos, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos e o Incra também encaminharam profissionais para cuidar do caso no Pará.