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Deputada da Costa Rica defende aprovação do Estatuto da Igualdade Racial Brasileiro
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Brasília, 27/7/06 – Economista e consultora internacional, a deputada costa-riquenha Epsy Campbell milita pela igualdade racial desde jovem. A incansável luta pela promoção de Ações Afirmativas levou a deputada federal, mulher e negra a concorrer à vice-presidência da Costa Rica pelo Partido da Ação Cidadã nas eleições presidenciais realizadas em fevereiro último. Por apenas meio ponto percentual, Epsy perdeu a oportunidade de levar a oposição costa-riquenha ao poder. Conhecida por suas belezas naturais, a Costa Rica possui 4,5 milhões de habitantes. Dados oficiais indicam que apenas 2% da população do país se autodeclara negro e negra.
Em sua participação na 1a Conferência Regional das Américas, Epsy Campbell fala da condição da Mulher Negra na América Latina e no Caribe, Conferência das Américas e a deixa um recado: os(as) brasileiros(as) devem acolher o Estatuto da Igualdade Racial.
Mulher Negra nas Américas e no Caribe
A deputada federal avalia que importantes avanços sociais foram registrados nas Américas e no Caribe. Hoje, as mulheres negras ocupam cargos públicos, são senadoras, deputadas e ministras. Porém, o forte tráfico de mulheres para a Europa, gerado pela baixa escolaridade e falta de políticas públicas para as mulheres negras ainda são um entrave, segundo Epsy Campbell, para a garantia de justiça social no continente. “As mulheres negras em nosso continente ocupam postos informais no mercado de trabalho, recebem baixos salários e não são motivadas a ascender socialmente”, aponta.
Brasil é ponta em avanços raciais
No momento em que as Américas param para revisar os cinco anos pós-Conferência de Durban, Epsy Campbell comemora o fato de o Brasil ser um país referência nos avanços e na implantação de políticas afirmativas e inclusivas para a população negra. Para ela, a realização da Conferência de Durban foi um marco na abordagem do racismo como um problema mundial. “Temos que produzir mais informes, mais dados estatísticos para comprovar aos organismos internacionais que a promoção da igualdade de raça e gênero é uma ação necessária para garantir o desenvolvimento das sociedades em nosso continente”, disse ao apontar como positiva a realização da 1a Conferência Regional das Américas.
Recado aos brasileiros(as)
Epsy Campbell deixa uma mensagem a todos(as) brasileiros(as) às vésperas da apresentação do Estatuto da Igualdade Racial para análise e posterior aprovação pelo Senado brasileiro. “O Estatuto da Igualdade Racial deve ser aprovado, aceito e praticado por toda a população brasileira. Esperamos que haja um amadurecimento das ferramentas públicas e políticas para os mais de 150 milhões de afro-descendentes que vivem nas Américas e no Caribe”, encerra.