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Debate em comemoração ao Dia da África lembra vida e obra de Amilcar Cabral
Alunos do curso de Relações Internacionais participam do debate em comemoração ao Dia da África
Por Drielly Jardim
Uma mesa redonda em comemoração ao Dia da África foi realizada na última terça-feira-feira (29), no laboratório do curso de Relações Internacionais do UniCeub – Centro Universitário de Brasília. O evento, que tinha como tema a vida e o legado do líder africano Amilcar Cabral, contou com a participação da embaixadora da Guiné-Bissau, Eugênia Saldanha; do embaixador de Cabo Verde, Daniel Pereira e do coordenador do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra da Fundação Cultural Palmares (FCP), Carlos Moura, além dos alunos do centro universitário.
Durante o debate, os palestrantes abordaram que Amilcar Cabral deve ser lembrado não somente pela obra que realizou, mas por ser um homem a frente de sua época e um verdadeiro patriota e revolucionário da ação do pensamento.
Para Carlos Moura, celebrar o Dia da África em um debate juntamente com os estudantes de Relações Internacionais “é muito importante porque foi realizado em torno de uma das personalidades africanas mais expressivas, que é Amilcar Cabral, um poeta e construtor da liberdade dos povos africanos”.
Pai da independência – Amílcar Cabral (Bafatá, Guine-Bissau, 12 de Setembro de 1924 – 23 de Janeiro de 1973) filho de Juvenal Cabral e Iva Pinhel Évora, Cabral foi poeta, agrônomo, fundador do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e “pai” da independência conjunta de Cabo Verde (5 Julho de 1975) e Guiné-Bissau (oficialmente a 10 Setembro de 1974).
Um dos líderes mais carismáticos africano, Amílcar Cabral, participou de várias conferências sobre o colonialismo em África: ONU Memorandum à Assembleia-geral da ONU em 1961; IV Comissão da Assembleia-geral da ONU em 1962; VIII Conferência dos Chefes de Estado e de Governo Africanos em Adis-Abeba em 1971; Comissão de Direitos Humanos da ONU sobre os crimes do colonialismo português em 1968.
Assassinado em 24 de Janeiro de 1973, na presença da sua esposa, Amílcar Cabral é considerado o teórico marxista mais destacado da revolução africana. O autor dos disparos foi Inocêncio Kani, guerrilheiro do PAIGC.