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Comitiva gaúcha visita a FCP e pede apoio para inaugurar Parque Memorial Lanceiros Negros
Publicado em
12/06/2007 09h00
Atualizado em
28/05/2024 08h09
Brasília, 12/6/07 – Em visita a sede da Fundação Cultural Palmares/MinC nesta segunda-feira (11), uma comissão de parlamentares, acompanhados pelo secretário Municipal da Educação, Cultura e Desporto de Pinheiro Machado (RS), veio formalizar junto ao presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, pedido de inclusão de emenda para garantir a construção do Parque Memorial Lanceiros Negros, no Cerro dos Porongos, no interior do município. A Fundação Cultural Palmares/MinC, em conjunto com o governo gaúcho, prefeitura de Pinheiro Machado e Instituto dos Arquitetos do Brasil realizou concurso nacional para escolher o projeto arquitetônico do Parque Memorial.
O presidente da FCP/MinC, Zulu Araújo, se declarou muito satisfeito com a visita e assegurou a delegação gaúcha que está entre as prioridades de sua gestão entregar o Parque Memorial Lanceiros Negros para a comunidade gaúcha e brasileira. O empreendimento, disse Zulu Araújo, é de vital importância para a história negra brasileira, assim como é a Serra da Barriga, em Alagoas, onde em breve será inaugurado o Parque Memorial Quilombo dos Palmares. O grupo gaúcho, que também esteve em Brasília para realizar audiências com parlamentares no Congresso Nacional e visitas a ministérios, volta ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (13) com a certeza de sediar um parque de profundo valor histórico, social e cultural.
Um pouco de história:
A Batalha dos Porongos ocorreu no fim da Guerra dos Farrapos, o massacre de todo o corpo de Lanceiros Negros de Teixeira Nunes. Estavam acampados na curva do Arroio Porongos, quando foram atacados pelos imperiais. Ao que se sabe, foi um massacre. Cogitou-se que a matança teria sido combinada com Canabarro para exterminar os integrantes, que poderiam formar bandos após o término da guerra, que já estava sendo tratado. A questão da abolição da escravatura, que era uma das condições exigidas pelos farroupilhas para a paz, entravava as negociações. A libertação definitiva dos ex-escravos combatentes, precipitaria um movimento abolicionista no Império. A mão de obra escrava, à época mantinha a produção agrícola desde os tempos coloniais.
O presidente da FCP/MinC, Zulu Araújo, se declarou muito satisfeito com a visita e assegurou a delegação gaúcha que está entre as prioridades de sua gestão entregar o Parque Memorial Lanceiros Negros para a comunidade gaúcha e brasileira. O empreendimento, disse Zulu Araújo, é de vital importância para a história negra brasileira, assim como é a Serra da Barriga, em Alagoas, onde em breve será inaugurado o Parque Memorial Quilombo dos Palmares. O grupo gaúcho, que também esteve em Brasília para realizar audiências com parlamentares no Congresso Nacional e visitas a ministérios, volta ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (13) com a certeza de sediar um parque de profundo valor histórico, social e cultural.
Um pouco de história:
A Batalha dos Porongos ocorreu no fim da Guerra dos Farrapos, o massacre de todo o corpo de Lanceiros Negros de Teixeira Nunes. Estavam acampados na curva do Arroio Porongos, quando foram atacados pelos imperiais. Ao que se sabe, foi um massacre. Cogitou-se que a matança teria sido combinada com Canabarro para exterminar os integrantes, que poderiam formar bandos após o término da guerra, que já estava sendo tratado. A questão da abolição da escravatura, que era uma das condições exigidas pelos farroupilhas para a paz, entravava as negociações. A libertação definitiva dos ex-escravos combatentes, precipitaria um movimento abolicionista no Império. A mão de obra escrava, à época mantinha a produção agrícola desde os tempos coloniais.
Em Novembro de 1844, estavam todos em pleno armistício. Estavam os Lanceiros Negros, acampados no Cerro de Porongos. A autoridade máxima ali era David Canabarro. O confronto tinha arrefecido e a paz estava sendo tratada. Foi então que apareceu atacando Francisco Pedro de Abreu, ( Chico Pedro ou Moringue). O corpo de lanceiros negros, cerca de 100 homens de mãos livres resistiram e bravamente lutaram até a morte. Foram presos mais de 300 republicanos entre brancos e negros, inclusive 35 oficiais.
Foi mencionada à época uma carta do Barão de Caxias instruindo seu comandado Moringue a dirigir-se ao Cerro dos Porongos , que lá estariam David Canbarro com os Lanceiros Negros. Na carta dizia que tal situação teria sido préviamente combinada com Canabarro. Esta carta foi mostrada em Piratini, a um professor ligado aos demais comandantes farrapos. A autenticidade desta carta foi questionada. Há a argumentação de ela ter sido forjada nas hostes imperiais para desmoralizar Canabarro.
O desastre dos Porongos levou Canabarro ao tribunal militar farroupilha. Com a paz o trâmite continuou na justiça militar do Império do Brasil.O General Manuel Luís Osório, futuro comandante das tropas brasileiras na Batalha de Tuiuti, durante a Guerra do Paraguai fez com que o processo fosse arquivado sem ter sido concluído, em 1866.