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Cestas, arte e cultura quilombola
Por Thereza Dantas
Dia 20 de novembro, Parque do Ibirapuera. O público que frequenta e desfruta a calma do feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, na capital paulista, tem a oportunidade de ver uma exposição de objetos de palha, madeira e muitas histórias, realizada pela Fundação Cultural Palmares. A exposição Artesanato e Produtos de Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira, região sul do estado de São Paulo,trouxe a suahistória materializada em esculturas de animais,cestarias, armadilhas para caça e pesca, reproduções miniaturas dos equipamentos de uma Casa de Farinha, também conhecidos como “Tráfico de Farinha”.
A quilombola Neire Alves da Silva, filha do líder quilombola Ditão, fala com emoção da oportunidade de poder mostrar e contar a história dos afro-brasileiros em eventos e dentro de algumas comunidades quilombolas. Há pelo menos 30 comunidades remanescentes dos quilombos no Vale do Ribeira, distribuídas, principalmente, pelos municípios de Iporanga, Eldorado Paulista, Barra do Turvo, Cananeia, Iguape, Itaoca e Jacupiranga. “É bom mostrar o quanto nós somos importantes para o Brasil!”, afirma Neire.
Com o apoio do Instituto Sócio Ambiental (ISA), os quilombolas estão mapeando seus bens culturais, lançaram o vídeo documentário “Inventário de Referências Culturais de Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira, SP, e pretendem lançar no início de 2013 um livro e um site com o processo e o resultado desse trabalho.