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DIA DA CULTURA
Celebremos nossas raízes, vozes, futuro!
João Jorge Santos Rodrigues
Hoje, no Dia Nacional da Cultura, estamos aqui para celebrar nossa história, nossa força e o poder transformador que vive em cada expressão artístico-cultural deste País. A cultura é nossa língua mais profunda, um território onde reconhecemos nossas lutas, onde ouvimos os ecos dos nossos ancestrais e projetamos o Brasil que queremos.
Para a Fundação Cultural Palmares e para milhões de brasileiros, este é um momento de renascimento. Estamos vivendo a retomada de uma cultura que já foi apagada, negligenciada, e que agora se coloca no centro da nossa construção coletiva. A cultura negra, indígena, quilombola, de cada povo tradicional, se fortalece e floresce.
Voltamos a ver a cultura não só como festa, mas como força que transforma vidas.
Os investimentos que temos recebido não são apenas recursos; são atos de reparação, de dignidade. A Lei Paulo Gustavo trouxe alívio para quem vive de criar, para quem carrega a cultura como ofício e modo de vida. São bilhões que chegam a quem, com suor e talento, dá forma e som à nossa identidade.
Esses recursos são o Brasil dizendo “a cultura importa”, e importa especialmente para quem, por tanto tempo, permaneceu à margem deles.
A Política Nacional Aldir Blanc vai ainda mais longe. Ela chega às periferias, aos territórios criativos e às regiões do Norte e Nordeste onde a cultura explode nas vozes, nos gestos, nas mãos de quem resiste. Esse é o Brasil onde cada tambor, cada verso, cada história contada é um ato de presença, uma afirmação de vida.
Margareth Menezes, nossa ministra e parceira, destacou algo que carrego comigo: cada real investido em cultura gera um retorno que é mais do que econômico. Para nós, da Fundação Palmares, significa liberdade, significa pão na mesa, futuro para nossos jovens. A cultura, meus amigos, é economia, é sobrevivência. Para nós, população negra, é maneira de existir.
A Fundação Palmares tem o compromisso de garantir que esse direito chegue a quem mais precisa. Queremos que a cultura afro-brasileira, que há séculos constrói este País, continue sendo a base de nossas comunidades. Apoiamos cada ponto de cultura, cada roda de capoeira, cada terreiro, cada celebração, porque são atos de resistência e pertencimento. Esse é o verdadeiro sentido de construir o Brasil: não deixar que nossa história seja esquecida, mas levá-la adiante, cheia de vida.
Quando vejo produções brasileiras ganhando espaço nas telas, nas ruas e nos palcos, sei que estamos no caminho certo. Os investimentos no audiovisual e nos novos centros culturais não são só estruturas. São pontes para que nosso povo conte suas histórias, para que nossas vozes ecoem e para que o mundo escute.
A cultura é nossa forma de ocupar, de afirmar “nós estamos aqui, nós fazemos parte deste País”.
Hoje, quero que cada pessoa negra, cada quilombola, cada jovem da periferia saiba que a Fundação Palmares está ao seu lado. Este Dia Nacional da Cultura é nosso. Cada toque de tambor, cada rima, cada dança é uma celebração, é um mostra de quem somos e do Brasil que sonhamos construir. Sigamos em frente, porque nosso futuro é feito de cultura, de resistência e de esperança.
Viva a cultura brasileira!
Viva a nossa ministra da Cultura!
Viva o presidente Lula!
Viva o povo brasileiro!