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Bahia encerra Projeto Parabólica
Cerca de 100 pessoas estavam presentes no Projeto Parabólica na Bahia. O último Estado visitado pelo Projeto organizado pela Fundação Cultural, vinculada ao Ministério da Cultura que, em um mês, percorreu dez unidades da federação.
O evento aconteceu em Salvador nos dias 19 e 20 de abril, no Conselho Estadual de Cultura e, como nos outros locais em que passou, conversou com os presentes sobre a elaboração de projetos, acesso a recursos públicos, dificuldades encontradas pela comunidade negra para apresentar seus trabalhos e, principalmente, sobre a disponibilidade da Fundação em ajudar na visibilidade e fomento da cultura negra.
O músico Tonho Matéria falou da decepção de não ter um projeto seu aprovado. “Chorei quando recebi o não. Quando a gente escreve um projeto, o fazemos pensando na nossa comunidade, mas quem avalia não conhece nossa realidade. Quando fazemos nossos projetos pensamos mais nos meninos com armas na mão do que nos processos burocráticos”, explica.
Para isso, a procuradora chefe da Fundação, Dora Bertúlio, falou da necessidade de projetos bem elaborados, com justificativas detalhadas. A representante da Fundação na Bahia, Luciana Mota, disse que a representação está à disposição para esclarecer dúvidas. “Quando não soubermos ajudar pediremos reforço a sede”.
A conselheira do Conselho Curador da Fundação, Makota Valdina, falou da necessidade de alternativas para a comunidade negra. “Não sou contra os editais, acho que os repasses de recursos via balcão, apadrinhamento, realmente tem que acabar, mas a comunidade negra ainda não está preparada para essa linguagem, gostaria que fosse encontrado uma alternativa, um meio termo”, sugeriu.
Participaram do encontro educadores, artistas, cineastas, mestres de capoeira, representantes de religiões de matriz africana, músicos, além de produtores e pessoas ligadas a cultura afrobrasileira.
Assessoria de Comunicação da FCP