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Ativistas negros e indígenas são homenageados com a medalha 2 de Julho
João Jorge Santos Rodrigues, ao lado do governador Jerônimo e da família
O som de atabaques, maracás, a música de Tonho Matéria, do Afoxé Filhos de Gandhy e o samba de D. Dalva de Cachoeira predominaram na solenidade de entrega da medalha Ordem 2 de Julho - Libertadores da Bahia, na terça-feira (16), no Museu de Arte Contemporânea, em Salvador (BA).
A honraria foi concedida pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, a 22 personalidades e instituições que representam a luta por liberdades democráticas na Bahia e no Brasil – entre elas, João Jorge Santos Rodrigues, presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP).
Resgate. Ato representativo do esforço para retirar o protagonismo de negros e indígenas da invisibilidade, a medalha foi concedida a personalidades e instituições como Afoxé Filhos de Gandhy, Vovô do Ilê, Cacique Babau (liderança tupinambá) e Maura Titihá (pataxó-hã-hã-hãe).
Numa noite plena de arte, emoções e significados, o líder tupinambá presenteou o governador Jerônimo Rodrigues com um cocar, e a indígena pataxó-hã-hã-hãe lembrou as lideranças que tombaram na luta em defesa de seus territórios no estado da Bahia.
Gênero. Com cânticos indígenas, a percussão dos Filhos de Gandhy e a performance do Balé Folclórico da Bahia, a sessão solene deu destaque à diversidade cultural do estado e exaltou a luta dos heróis da Independência do Brasil na Bahia, que completou 201 anos.
Além das citadas personalidades, a Ordem 2 de Julho, já concedida também à ministra da Cultura, Margareth Menezes, valorizou o recorte de gênero, contemplando mulheres como Maria da Penha, Mabel Velloso (poeta) e D. Dalva (sambista). Veja abaixo a lista dos(as) agraciados(as), em ordem alfabética:
Os(as) homenageados(as):
Adolfo Menezes (comendador), presidente da Alba;
Afoxé Filhos de Gandhy (comendador), bloco de Carnaval;
Alda Muniz Pêpe (cavaleira), professora;
Antônio Imbassahy (comendador), ex-governador;
Cacique Babau (comendador), ativista social;
Cynthia Resende (comendadora), presidente do TJ-BA;
Dona Dalva (cavaleira), sambista e integrante da Irmandade da Boa Morte;
Eliana Rollemberg (cavaleira), ativista social;
Firmiane Venâncio (comendadora), defensora pública geral;
Gilberto Leal (cavaleiro), ativista social;
Ivannide Santa Bárbara (cavaleira), ativista social;
João Jorge Rodrigues (cavaleiro), presidente da Fundação Cultural Palmares;
Mabel Velloso (cavaleira), educadora e poeta;
Maria da Penha (comendadora), ativista social;
Maria do Carmo Amorim (cavaleira), a Maria Rendeira, artesã;
Marilda de Souza Gonçalves (cavaleira), pesquisadora e cientista.
Maura Titiah (cavaleira), ativista social;
Naidison de Quintella Baptista (comendador), ativista social;
Nilo Coelho (comendador), ex-governador;
Pedro Maia (comendador), procurador-geral de Justiça;
Sociedade Protetora dos Desvalidos (comendadora), entidade social;
Vovô do Ilê (cavaleiro), presidente do bloco afro Ilê Aiyê