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A nobreza do Samba
Por Thereza Dantas
Mônica Santos
A musicalidade de Martinho da Vila foi a grande atração do encerramento da programação do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, em São Paulo. Durante todo o dia, cerca de 25 mil pessoas participaram das atividades realizadas pela Fundação Cultural Palmares, no Parque do Ibirapuera.
Foram quase duas horas de show, para um público que cantou e dançou ao som de sucessos como “Devagar, Devagarinho”, “Mulheres” e “ O Pequeno Burguês”, músicas que não podem faltar no repertório dos shows realizados por todo o país e no exterior. Para o cantor e compositor, o Dia da Consciência Negra é especial não só para os negros, mas para o Brasil inteiro. “É um dia para pensar na cultura negra, na importância na formação da cultura do Brasil”, destacou.
Incentivador da cultura afro-brasileira, Martinho começou a fazer sucesso no fim dos anos 60, popularizando o partido alto, muitas vezes cantado apenas nos terreiros. Foi um dos primeiros artistas brasileiros a visitarem a África, Angola especialmente, a fim de cultivar as origens do samba e trocar experiências musicais.