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2ª Edição Diálogos Palmarinos
Nesta última quinta-feira (14), durante a realização da 2ª Edição dos Diálogos Palmarinos, a Fundação Cultural Palmares (FCP) certificou doze comunidades remanescentes de quilombo em diferentes regiões do Brasil. O processo de obtenção do certificado de autodefinição das comunidades remanescentes de quilombo é conduzido pelo Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro.
O evento ocorreu na nova sede da Fundação, localizada no Setor de Autarquias Sul, em Brasília. Durante a cerimônia, foram entregues as certificações às comunidades: Tócos/BA; Palmitinho II/ES; Mata dos Morenos/PI; Engenho/PA; Camucim/RN; Mocambo/RS; Ferreira Diniz/RJ; Rio Preto/TO; Vila Kédi/RS; Maria Luiza Ireno/RS; Morro do Miriqui e Alto Terra Nova/BA; Degredo/ES; Vovó Chinoca/RS; Caçamdoca/SP; Caçamdoca/TO.
A Constituição Federal de 1988 reconhece a propriedade das terras ocupadas por remanescentes de quilombos, garantindo-lhes o direito ao desenvolvimento de suas atividades econômicas e culturais. Tornando esse momento, um marco histórico e uma conquista para os grupos étnico-raciais contempladas. As comunidades quilombolas são detentoras de uma rica história, cultura e tradições próprias, muitas das quais estão intrinsecamente ligadas à resistência contra a escravidão. O processo de certificação, conduzido pela FCP, visa não apenas identificar, mas também reconhecer oficialmente essas comunidades, proporcionando-lhes acesso prioritário a políticas públicas e ações afirmativas que visam promover sua inclusão e desenvolvimento sustentável.
A programação contou com dois painéis: o primeiro, A Influência Africana na Formação da Identidade Nacional Brasileira, e o segundo painel Conexão Quilombola: Desafios Contemporâneos.
Participaram do debate estudiosos sobre os assuntos abordados, como: o historiador e professor da Universidade Federal de Brasília (UnB) Anderson Ribeiro Oliveira, e o primeiro presidente da FCP, Carlos Moura.
Sobre os Desafios Contemporâneos trouxeram contribuição ao painel: Andrey Schlee, diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização (IPHAN) MinC; o presidente Carlos Roberto da Associação Quilombola de Kalunda; a representante da Associação dos Pescadores Extravistas e Remanescentes de Quilombo do Degredo, Simone de Jesus e a Coordenadora Nacional de articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), Sandra Braga.
Diálogo Palmarinos
A primeira edição, contou com Professor e Doutor Babalawô Ivanir dos Santo, Mãe Baiana e da Pastora Wall Moraes acerca dos princípios, conceitos e as diretrizes que perpetuam o diálogo respeitoso para uma convivência entre pessoas de vários segmentos religiosos.
As diferenças religiosas são uma parte essencial da diversidade religiosa no mundo. Cada religião tem suas próprias crenças, práticas, tradições e ensinamentos. Essas diferenças podem estar relacionadas com conceitos teológicos, rituais, estruturas de liderança, textos sagrados e muito mais.
Através do diálogo inter-religioso foi possível buscar pontos em comum e trabalhar juntos em temas de preocupação comum, como a paz, a justiça social, a ética e o cuidado do meio ambiente.
Além disso, pode ajudar a desafiar estereótipos e preconceitos negativos que está associado à falta de conhecimento e compreensão entre diferentes religiões.
Diálogos Palmarinos é um evento que sinaliza o compromisso da Fundação Cultural Palmares em apoiar e valorizar as comunidades quilombolas, respeitando e promovendo suas tradições culturais, bem como contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.