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“Obina é melhor que Eto’o”
No clima da Copa do Mundo da Rússia, a Fundação Cultural Palmares (FCP) destaca histórias interessantes e curiosas do mundo da bola. O jogador baiano Felipe Almeida, mais conhecido como Obina, não chegou a vestir a camisa da Seleção Brasileira. Mesmo assim, virou ídolo no Flamengo e se tornou uma figura folclórica no futebol nacional.
Obina nasceu no município de Vera Cruz, no dia 31 de janeiro de 1983. Cresceu jogando peladas em Baiacu, distrito de sua cidade, até que um olheiro do Vitória o viu e o levou para um teste no time, em Salvador. Reserva, teve algumas oportunidades de jogar quando o técnico do clube era Joel Santana, em 2002.
Para ganhar experiência, foi emprestado para o CRB e o Fluminense de Feira de Santana. Com o Feira, se destacou na Copa do Brasil de 2003, marcando o gol de empate contra o Fluminense do Rio. Voltou ao Vitória no ano seguinte, vendo seu trabalho repercutir como grande goleador, ainda mais em um time no qual havia veteranos da Seleção como Vampeta e Edilson. Foi vendido para o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, no entanto, logo regressou ao Brasil, contratado pelo Flamengo.
De início, Obina não foi muito bem recebido pela torcida do rubro-negro carioca, porém, ao fazer o gol da vitória contra o Paraná e evitar que o Fla caísse no Brasileirão, ganhou respeito. A empatia era tamanha que o público entoava o canto “Obina é melhor que Eto’o”, em uma referência ao atacante camaronês Samuel Eto’o, do Barcelona.
Em 2006, sua atuação exerceu papel fundamental na conquista da Copa do Brasil pelo Mengo. Sempre balançando as redes das traves, o baiano jogou no Flamengo até 2009, sendo emprestado ao Palmeiras. Voltou à Gávea no dia 5 de janeiro de 2010 e 15 dias depois disputou a última partida pelo Flamengo, contra o Volta Redonda, no Campeonato Carioca.
Em seguida, Obina passou pelo Shandong Luneng, da China, e pelo América Mineiro, com empréstimos ao Palmeiras e Bahia. Depois, foi para o Matsumoto Yamaga, da segunda divisão do campeonato japonês, pelo qual encerrou a carreira, em 2017.