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“Era Uma Vez o Mundo” a primeira loja física de bonecas negras do país será inaugurada no Rio
O Rio de Janeiro vai inaugurar a primeira loja física de bonecas negras do país. A Era Uma Vez o Mundo, uma empresa que utiliza brinquedos produzidos artesanalmente para expressar a importância da representatividade na formação da identidade e construção da autoestima da criança.
O principal produto será a famosa heroína e mulher de Zumbi dos Palmares, Dandara. A boneca é campeã de vendas e possui mais de quinze estampas e modelos diferentes, feitos com tecidos africanos. A boneca custará a partir de R$ 80,00 com a possibilidade de ser personalizada de acordo com a escolha do cliente. No site da empresa é possível comprar também o Boneco Zambi e o Pequeno Príncipe Preto.
Nas principais lojas de brinquedos no Brasil a presença de bonecas negras mínima, enquanto as prateleiras estão repletas de bonecas brancas de olhos azuis e com diferentes ocupações tais como: medica; veterinária; dançarina e outras diversas profissões e atividades. As bonecas negras ocupam um espaço de pouca visibilidade no mercado. Segundo o levantamento da ONG Avante por meio da campanha “Cadê Nossa Boneca?” que analisou fabricantes de brinquedos de todo país e chegou à conclusão de que apenas 7% dentre as bonecas fabricadas no Brasil são negras. Esse levantamento tem como objetivo discutir a importância da criança se sentir representada através do brinquedo. 54% da população se auto declara negra, mas não há representatividade e presença da população negra em diversos espaços.
A construção da identidade e reconhecimento, é necessária desde a infância e é extremamente nocivo para tal formação, ter acesso somente a brinquedos que representem apenas um padrão, seja ele o estético e o padrão do que é bonito ou não para a sociedade. A falta de representatividade é um problema uma vez que a auto identificação é fundamental para o desenvolvimento saudável da criança. Ou seja, se o brinquedo não se parece em nada com ela, a autoestima desde a primeira infância pode ficar comprometida. Além disso a diversidade de bonecas também é importante para que as crianças aprendam a conviver com as diferenças.
No “Teste da Boneca – Doll test (CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR)”, um experimento realizado inicialmente nos anos 40 nos Estados Unidos, para testar o grau de marginalização sentido por crianças afro-americanas derivados da segregação e discriminação racial. No vídeo é mostrado às crianças duas bonecas, sendo uma negra e uma branca, onde elas precisam apontar para uma das duas bonecas após uma pergunta ser feita. Perguntas como: Qual a boneca bonita; qual a boneca má? E as crianças sempre apontam para a boneca negra em respostas não positivas.
As primeiras bonecas negras eram as “abayomi”, produzidas a partir de retalhos de saias trançadas ou com nós eram feitas pelas mães escravizadas para acalentar os filhos durante as viagens a bordo dos tumbeiros, essas primeiras criações se assemelham muito com as atuais bonecas de pano com diferentes tonalidades de pele negra e personalizadas de acordo com o gosto de cada criança.
A unidade do Era Uma Vez o Mundo será aberta no espaço Andradas 22, no Centro do Rio de Janeiro dia 16 de fevereiro e visa suprir a falta de produtos voltados para crianças negras com estimativa de venda de mais de 10 mil bonecas.
CLIQUE AQUI e assista o documentário “Parece Comigo”. O curta, de Kelly Cristina Spinelli, traz dados e entrevistas sobre a importância de meninas negras brincarem com bonecas negras. Além disso, mostra o aguerrido trabalho das bonequeiras que tentam mudar esse cenário, enfrentando a gigante indústria de brinquedos com seu artesanato consciente.
É possível encontrar em alguns outros lugares a venda e produção de bonecas negras, sendo algumas delas:
Sugestões de lugares para comprar bonecas negras:
O Rio de Janeiro vai inaugurar a primeira loja física de bonecas negras do país. A Era Uma Vez o Mundo, uma empresa que utiliza brinquedos produzidos artesanalmente para expressar a importância da representatividade na formação da identidade e construção da autoestima da criança.
O principal produto será a famosa heroína e mulher de Zumbi dos Palmares, Dandara. A boneca é campeã de vendas e possui mais de quinze estampas e modelos diferentes, feitos com tecidos africanos. A boneca custará a partir de R$ 80,00 com a possibilidade de ser personalizada de acordo com a escolha do cliente. No site da empresa é possível comprar também o Boneco Zambi e o Pequeno Príncipe Preto.
Nas principais lojas de brinquedos no Brasil a presença de bonecas negras mínima, enquanto as prateleiras estão repletas de bonecas brancas de olhos azuis e com diferentes ocupações tais como: medica; veterinária; dançarina e outras diversas profissões e atividades. As bonecas negras ocupam um espaço de pouca visibilidade no mercado. Segundo o levantamento da ONG Avante por meio da campanha “Cadê Nossa Boneca?” que analisou fabricantes de brinquedos de todo país e chegou à conclusão de que apenas 7% dentre as bonecas fabricadas no Brasil são negras. Esse levantamento tem como objetivo discutir a importância da criança se sentir representada através do brinquedo. 54% da população se auto declara negra, mas não há representatividade e presença da população negra em diversos espaços.
A construção da identidade e reconhecimento, é necessária desde a infância e é extremamente nocivo para tal formação, ter acesso somente a brinquedos que representem apenas um padrão, seja ele o estético e o padrão do que é bonito ou não para a sociedade. A falta de representatividade é um problema uma vez que a auto identificação é fundamental para o desenvolvimento saudável da criança. Ou seja, se o brinquedo não se parece em nada com ela, a autoestima desde a primeira infância pode ficar comprometida. Além disso a diversidade de bonecas também é importante para que as crianças aprendam a conviver com as diferenças.
No “Teste da Boneca – Doll test (CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR)”, um experimento realizado inicialmente nos anos 40 nos Estados Unidos, para testar o grau de marginalização sentido por crianças afro-americanas derivados da segregação e discriminação racial. No vídeo é mostrado às crianças duas bonecas, sendo uma negra e uma branca, onde elas precisam apontar para uma das duas bonecas após uma pergunta ser feita. Perguntas como: Qual a boneca bonita; qual a boneca má? E as crianças sempre apontam para a boneca negra em respostas não positivas.
As primeiras bonecas negras eram as “abayomi”, produzidas a partir de retalhos de saias trançadas ou com nós eram feitas pelas mães escravizadas para acalentar os filhos durante as viagens a bordo dos tumbeiros, essas primeiras criações se assemelham muito com as atuais bonecas de pano com diferentes tonalidades de pele negra e personalizadas de acordo com o gosto de cada criança.
A unidade do Era Uma Vez o Mundo será aberta no espaço Andradas 22, no Centro do Rio de Janeiro dia 16 de fevereiro e visa suprir a falta de produtos voltados para crianças negras com estimativa de venda de mais de 10 mil bonecas.
CLIQUE AQUI e assista o documentário “Parece Comigo”. O curta, de Kelly Cristina Spinelli, traz dados e entrevistas sobre a importância de meninas negras brincarem com bonecas negras. Além disso, mostra o aguerrido trabalho das bonequeiras que tentam mudar esse cenário, enfrentando a gigante indústria de brinquedos com seu artesanato consciente.
É possível encontrar em alguns outros lugares a venda e produção de bonecas negras, sendo algumas delas:
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