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18 projetos culturais e sociais são liberados para execução
A Fundação Cultural Palmares (FCP) está com 18 projetos em fase inicial de execução no Distrito Federal (DF) e em três regiões do país: Norte, Nordeste e Sudeste. Outros 05 já estão liberados e deverão entrar em execução até o fim do ano com o propósito de atender a população negra em todo o território nacional. São mais de R$ 6mi em emendas parlamentares para a execução de todas as propostas.
O diretor substituto do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-brasileira (DEP) da FCP, Marco Antônio Evangelista da Silva, afirmou que o órgão vem buscando fazer uma distribuição isonômica dos projetos de forma a atender a população da melhor maneira. “A ideia é oportunizar espaço a vários artistas e também diversificar as propostas que chegam até a Fundação, mediante disponibilidade de recursos”, disse.
De acordo com Silva, um projeto apoiado pela Palmares tem dimensão maior do que o imaginado pela maior parte das pessoas. “As associações e entidades apoiadas são o meio para que dezenas de famílias sejam atendidas cultural e socialmente por essas propostas”, explica.
No Distrito Federal – Seis projetos estão em execução no território desde o início de julho. Desenvolvido pela Associação Vila dos Sonhos, o Projeto Vila Zumbi se prepara para atender a área periférica da Região Administrativa de Ceilândia. Duas escolas públicas de Ensino Fundamental serão atendidas com oficinas de Percussão, Maquiagem para Pele Negra, Maculelê, Batalha de Rima e outras vertentes da cultura negra com o objetivo de despertar o lado artístico profissional dessas crianças e adolescentes visando o mercado de trabalho.
Dione Black, presidente da Associação, a programação inclui medidas teóricas e práticas para afastar as crianças das ruas no contraturno escolar. “É um resgate cultural que impacta diretamente na comunidade. Aproximadamente 3.000 pessoas serão atendidas direta e indiretamente pelo Vila Zumbi”, conta. Segundo ele, é uma questão de trabalhar a representatividade que, adquirida no espaço escolar, fica para as gerações futuras.
Pelo Brasil – Para o Estado do Pará (Região Norte), o Instituto Casa da Vila vai levar o Circuito Afro-brasileiro de Cinema. A ideia é garantir a exibição itinerante de filmes e documentários produzidos por cineastas e diretores afrodescendentes e/ou com temáticas pertinentes a este público. Kleber Moraes, fundador e presidente do Instituto, destaca que o apoio da Palmares é fundamental para que se fomente nas comunidades mais simples, o acesso à sétima arte.
Na Região Sudeste, a vez é da Associação Grupo Cultural Jongo da Serrinha, do Rio de Janeiro, com o Projeto Escola de Jongo. A proposta é garantir a preservação do patrimônio que é o Jongo, tombado em 2005 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As atividades atendem gerações de jovens de Madureira e são importantes à democratização do acesso à cultura em toda a cidade, criando novas oportunidades de arte, educação e trabalho, além de colaborar para a consolidação da capacidade de associativismo, empreendedorismo e protagonismo comunitário.
Já no Nordeste, Alagoas chega com o Projeto Tradição Coletiva pela Associação Maracatod@s que atuará na preservação da memória afro-brasileira, por meio de um conjunto de oficinas e ações voltadas para o maracatu, o forró, samba, reggae, atividade griot e rastafari. Outras propostas também estão em andamento pelas regiões e, para até o fim do ano, já está previsto o início de outros cinco projetos.