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FCP participa de sessão solene em homenagem aos 75 anos do Afoxé Filhos de Gandhy
![Sessão solene em homenagem aos 75 anos do Afoxé Filhos de Gandhy](https://www.gov.br/palmares/pt-br/assuntos/fcp-participa-de-sessao-solene-em-homenagem-aos-75-anos-do-afoxe-filhos-de-gandhy/gandhy.jpeg/@@images/c302d43f-96a9-4e18-bf4b-b05c9b6ee2d3.jpeg)
O presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), João Jorge Santos Rodrigues, representando a Ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou nesta terça-feira (18), da sessão solene em homenagem aos 75 anos do Afoxé Filhos de Gandhy, na Câmara dos Deputados.
Representando a ministra Margareth Menezes, o presidente da FCP lembrou que a chefe da cultura é uma filha de Gandhy desde o início da carreira como cantora” Manter uma tradição de 75 anos, que luta contra o racismo, é espetacular e de profundo respeito. Vale ressaltar que o Ministério da Cultura está à disposição dos filhos de Gandhy, tanto pela Lei Aldir Blanc, tanto pelos incentivos que o Minc tem para a população afrobrasileira. O Gandhy merece todo o reconhecimento, por sua linda trajetória, que deve ser para além do carnaval”, lembrou Joao Jorge.
Os Filhos de Gandhy, durante o percurso do carnaval de Salvador, trazem sempre em suas canções, a referência aos orixás e à cultura afrobrasileira. “ A caminhada dos filhos de gandhy se funde com a própria história do carnaval de Salvador, de modo que hoje é impossível pensar na festa, sem considerar a importância desse afoxé para a formação da identidade cultural e carnavalesca da cidade e do estado da Bahia”, disse o Deputado Federal pela Bahia, Jorge Solla.
O tradicional bloco surgiu em 1949, em um contexto de crise gerado pela Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Os estivadores do porto de Salvador (homens que arrumavam as cargas nos navios), preocupados com o possível cancelamento de alguns blocos, decidiram colocar o afoxé nas ruas da cidade.
Desde a sua fundação até os dias atuais, o Afoxé vem às ruas animando o carnaval de Salvador.
Entre os anos de 1974 e 1975, por motivos financeiros, o Gandhy não desfilou. No entanto, nos anos seguintes, voltou com força total, aderindo ao Ijexá (ritmo africano) e com músicas baseadas nos ensinamentos de paz de Gandhi.
As vestimentas são produzidas por artesões da região, inspiradas nas vestimentas indianas e africanas com tons azuis e branco em homenagem a Ogum e Oxalá, composta de turbantes, colares e outros adereços que embelezam e enriquecem o desfile carnavalesco.