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Seminário da Geofísica do ON: transmissão ao vivo dia 26/10 às 15h
Na próxima quarta-feira, dia 26 de outubro, o Programa de Pós-Graduação em Geofísica do Observatório Nacional (PPGG/ON) realizará uma nova edição de seu Ciclo de Seminário de interesse da comunidade geofísica.
O tema do evento, que acontecerá às 15h (horário de Brasília) de forma online por meio do canal do ON no YouTube, será “Modelos 3D de velocidade de ondas P e S para a plataforma Sul-americana”.
Para falar sobre o assunto, foi convidada a pesquisadora Julia Carolina Rivadeneyra Vera. Ela é pós-doutoranda do Centro de Sismologia da USP, tem doutorado e mestrado em geofísica pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, com ênfase em sismologia, e graduação em Engenharia Ambiental (Lima-Peru). Sua área de pesquisa é: função do receptor com foco na estrutura da crosta e manto e na localização de eventos locais e regionais.
Título da palestra: Modelos 3D de velocidade de ondas P e S para a plataforma Sul-americana
Resumo: Em decorrência da implantação da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) em 2011, tornou-se possível detectar e localizar eventos com magnitudes menores de 3,5 mb no Brasil, e aprofundar o estudo da sismicidade local e regional. Porém, a maioria destes eventos são localizados utilizando modelos de velocidade 1D, resultando em incertezas que não permitem correlacionar os hipocentros com as estruturas geológicas conhecidas. Em contrapartida, o uso de modelos 3D de velocidade predizem melhor os tempos de percurso das ondas e garantem precisão na localização de hipocentros; porém, ainda não haviam sido desenvolvidos modelos 3D calibrados para a plataforma Sul-Americana. No presente estudo, integrando informação geológica e geofísica, local e regional, e velocidades médias da crosta e manto foram elaborados modelos 3D de velocidade das ondas P e S para a Plataforma Sul-americana e para os Andes Centrais (até 900 km de profundidade). Para testar a confiabilidade dos modelos, foi localizado o evento andino de Aiquile 1998, 6,6 Mw (Bolívia) usando chegadas regionais da onda P, com resultados compatíveis com o melhor epicentro conhecido. Também foram localizados satisfatoriamente dois outros eventos importantes. Finalmente, o uso de leituras da onda S de estações próximas restringem a profundidade hipocentral para valores esperados em cada caso.
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