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Seminário da Geofísica do ON aborda Anisotropia Sísmica Radial e Azimutal
Na quarta-feira, dia 02 de agosto, o Programa de Pós-Graduação em Geofísica do Observatório Nacional (PPGG/ON) realizará uma nova edição de seu Ciclo de Seminário de de 2023.
O tema do evento, que acontecerá às 15h (horário de Brasília) de forma virtual com transmissão ao vivo no canal do ON no YouTube, será “Anisotropia Sísmica Radial e Azimutal no Noroeste da América do Sul: Perspectivas sobre Deformação da Crosta e Fluxo do Manto utilizando Ruído Ambiental e Tomografia de Ondas Superficiais”.
Para falar sobre o assunto, foi convidado o pesquisador Esteban Poveda, doutor em geofísica pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, graduado em licenciatura em física pela Universidade Distrital Francisco Caldas, em Bogotá, Colômbia, e mestre em geofísica pela Universidade Nacional da Colômbia. Esteban tem mais de 10 anos de experiência em monitoramento sísmico, implantação de estações sísmicas, tomografia sísmica e análise de fonte sísmica. Atualmente trabalha no Serviço Geológico Colombiano na área de pesquisa sísmica.
Link para live no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=CWU2zUH0C7s
Título: Anisotropia Sísmica Radial e Azimutal no Noroeste da América do Sul: Perspectivas sobre Deformação da Crosta e Fluxo do Manto utilizando Ruído Ambiental e Tomografia de Ondas Superficiais.
Resumo: Mapeamos a anisotropia sísmica radial e azimutal para iluminar a estrutura crustal e do manto superior no noroeste da América do Sul. Primeiramente, estimamos as velocidades de grupo de curto período (7 - 35 s) utilizando 6.000 funções empíricas de Green obtidas por meio de correlações cruzadas de ruído ambiental. Em seguida, determinamos as velocidades de grupo de longo período (40 - 170 s) com base em 40.000 trens de ondas de superfície do modo fundamental provenientes de fontes sísmicas de terremotos em distâncias epicentrais regionais e telessísmicas. As velocidades de dispersão foram então invertidas tomograficamente para criar mapas de variação da velocidade de grupo para períodos entre 7 e 160 s. Perfis de profundidade das velocidades foram construídos através da inversão conjunta das curvas de dispersão das velocidades de grupo locais em cada ponto da grade tomográfica. A anisotropia radial é obtida a partir da diferença entre as velocidades em diferentes direções, enquanto a anisotropia azimutal é diretamente obtida da tomografia. A anisotropia radial negativa fornece informações sobre terrenos caracterizados por sua idade jurássica, indicando que eles se originaram de um único pulso de vulcanismo associado à placa do Caribe. A anisotropia radial positiva pode explicar as áreas de reservatórios magmáticos abaixo do vulcanismo ativo e inativo. Além disso, a anisotropia azimutal revela informações sobre a segmentação da placa de Nazca aos 5.5°N, onde o vulcanismo ativo termina. A anisotropia azimutal também fornece informações sobre a direção do fluxo do manto, relacionada à convergência das placas de Nazca e Caribe.