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Projeto Imagens do Céu Profundo ensina astronomia, captação de imagens, telescópios robóticos e muito mais!
Está em andamento a primeira edição do projeto Imagens do Céu Profundo, iniciativa que visa estimular os educadores a motivar seus alunos no estudo da Astronomia. O programa gratuito e virtual é promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) , em colaboração com o Observatório Nacional (ON) e outras instituições vinculadas ao MCTI.
Além do treinamento, os participantes do programa estão assistindo a diversas palestras com especialistas sobre softwares utilizados para captação de imagens astronômicas e para visualização do céu. Também estão sendo ministradas aulas virtuais sobre telescópios, processamento digital das imagens astronômicas e muito mais. Ao todo, as palestras tiveram mais de 2.600 visualizações.
Imagem do aglomerado aberto NGC 2467 obtida por um dos participantes do programa
No programa, líderes das equipes participantes selecionaram objetos de céu profundo (galáxias, nebulosas e aglomerados de estrelas), planetas e corpos menores (asteroides e cometas), para serem capturados por telescópios do Observatório Las Cumbres ( LCO ). O LCO – que lidera o projeto 100 Horas para 100 Escolas – é parceiro do MCTI e do International Astronomical Search Collaboration (IASC/NASA) na iniciativa e disponibilizou 100 horas de seu sistema de telescópios de 0,4 metros para obtenção das imagens do projeto.
“Falar de astronomia para mim é sempre uma coisa boa. Poder utilizar as estruturas do MCTI para incentivar crianças, jovens e até adultos a trabalharem como astrônomos profissionais é muito gratificante. Não se trata apenas de formar um profissional, mas de mostrar para quem está no início da vida acadêmica um direcionamento não apenas para a profissão, mas para a vida. O ministério é uma caixa de ferramentas para a sociedade e promover a ciência, tecnologia e inovação é uma das vertentes mais valiosas desta pasta”, ressaltou o ministro do MCTI, astronauta Marcos Pontes na ocasião do início do projeto.
Imagem da Galáxia do Redemoinho (Messier 51a) obtida por participante do projeto
Ao todo, foram recebidas 494 inscrições para participação no projeto, mas, na prática, este número será multiplicado quando os professores levarem os conhecimentos adquiridos para as salas de aula. Também participam clubes de astronomia.A expectativa, segundo a Coordenadora Geral de Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação, Profa. Silvana Copceski Stoinski, é que mais de 4 mil estudantes sejam alcançados.
Os treinamentos tiveram início em 19 de janeiro, com duas sessões ( sessão 1 e sessão 2 ). As aulas foram ministradas pelos estudantes e colaboradores do projeto Anny Haweroth e Alex Moreira e mediadas pela astrônoma do Observatório Nacional (ON/MCTI), Dra. Josina Nascimento e pela Profa.Silvana Copceski Stoinski.
Já no dia 26 de janeiro, o Dr. Eugênio Reis, vice-coordenador nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), apresentou aos participantes a plataforma Stellarium, software livre de Astronomia para visualização do céu nos moldes de um planetário. Assista aqui .
No dia 27 de janeiro, foi a vez do divulgador científico Wandeclayt Melo no projeto Céu Profundo ministrar a palestra " Como nascem as imagens astronômicas ?". Ele apresentou aos participantes objetos astronômicos tais como galáxias, aglomerados estelares, restos de supernova, regiões de formação estelar e outras joias do universo. Veja aqui .
No dia 9 de fevereiro foi realizada uma sessão de esclarecimentos de dúvidas sobre captação de imagens. Assista aqui .
Por fim, no dia 15 de fevereiro, Álvaro Folhas, membro do NUCLIO (Núcleo Interactivo de Astronomia e Inovação em Educação) e do CITEUC (Centro de Investigação da Terra e do Espaço da Universidade de Coimbra) ministrou a palestra “ Interdisciplinaridade com telescópios robóticos ”.
Na apresentação, Álvaro percorreu uma variedade de assuntos, desde a ótica dos telescópios, aos processos de visão humana e processamento digital das imagens astronómicas, passando por Geografia, Física e Química. Ele mostrou ainda como se realiza a aquisição de imagens nos telescópios robóticos usados em tempo real (Real Time Interface). Veja aqui .
“Uma viagem fantástica através dos conhecimentos do Professor Álvaro Folhas Álvaro nos apresenta a interdisciplinaridade em sala de aula com telescópios robóticos. Material excelente, exclusivo, uma explicação exímia. Encantada por tanta aprendizagem”, destacou a professora Jeane de Fátima, neuropedagoga que faz parte da equipe organizadora do programa Imagens do Céu Profundo.
Esta primeira edição do Projeto Imagens do Céu Profundo, com 494 líderes inscritos, teve prazo até o dia 14 de março para solicitação das imagens. Agora os líderes das equipes estão trabalhando as imagens com seus estudantes e membros dos clubes de astronomia.
Os líderes das equipes destacaram em depoimento à organização do evento que os alunos se encantaram pela beleza das imagens de aglomerados, nebulosas e outros objetos. Além disso, ressaltaram que o projeto ajudou a envolver a escola e a comunidade e a aproximar os estudantes da astronomia, oferecendo uma nova alternativa para instigar a curiosidade dos alunos.
As lideranças também pontuaram que, por meio do projeto, foi possível compreender como os astrônomos e astrofísicos profissionais trabalham e a importância da tecnologia relacionada aos telescópios e softwares para coleta e análise de dados.
Infográfico: Depoimentos dos líderes sobre o Projeto Imagens de Céu Profundo (feito com Word Clouds)
Sobre o 100 Horas para 100 Escolas
A iniciativa 100 horas para 100 escolas (100/100) é uma colaboração entre várias organizações envolvidas no fornecimento de programas de ensino de astronomia de alta qualidade. As 100 escolas selecionadas vêm de 1.300 escolas que já participam ativamente da Colaboração em Pesquisa Astronômica Internacional. Os professores são convidados a escolher e desenvolver um projeto com seus alunos. Uma série de projetos serão sugeridos, do básico ao avançado, com treinamento oferecido através do Programa de Formação de Professores Galileo e Global Hands on Universe.