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Pós-graduação do Observatório Nacional completa 50 anos
Os Programas de Pós-Graduação do Observatório Nacional (PPG-ON) – unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – completaram 50 anos de história no início de 2023. O PPG-ON foi inicialmente credenciado pelo Conselho Federal de Educação (CFE) através do Parecer 05/73, de 22 de janeiro de 1973.
O curso de pós-graduação em Astronomia, em nível de Mestrado e Doutorado, foi recredenciado pelo CFE através do Parecer 755/93 de 06 de dezembro de 1993. Já o curso de pós-graduação em Geofísica iniciou em 1981, em nível de mestrado, e em 1992, em nível de doutorado, como parte do curso de pós-graduação em Astronomia e tornou-se independente em 21 de julho de 1998, quando foi credenciado pelo Grupo Técnico Consultivo da CAPES e iniciou suas atividades em março de 1999.
Os programas de pós-graduação em Astronomia e Geofísica já formaram mais de 260 mestres e mais de 150 doutores, tanto do Brasil quanto de países da América Latina. Hoje, esses cursos possuem conceito CAPES 6 e 5, respectivamente.
“Esta capacidade de formação de recursos humanos de alto nível é um dos diferenciais do Observatório Nacional e é de extrema importância para manter ativas e produtivas diversas linhas de pesquisa da instituição”, destacou o Dr. Marcelo Borges Fernandes, chefe da Divisão de Programas de Pós-Graduação do ON (DIPPG).
Pós-graduação em Astronomia no Observatório Nacional
A pós em Astronomia do ON possui duas áreas principais de concentração: Astronomia e Astrofísica, com diferentes subáreas, como Astronomia de Posição e Dinâmica, Ciências Planetárias, Astrofísica Estelar, Astrofísica Extragaláctica, Astrobiologia e Cosmologia.
Os alunos do Programa têm a possibilidade de desenvolver as suas pesquisas utilizando-se de recursos observacionais providos pelo ON, como o Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI), e por diversos observatórios e telescópios no Brasil e no exterior.
Entre os mais utilizados pode-se citar o observatório do Pico dos Dias (Brasil), Gemini Sul e Norte (Chile e Havaí), SOAR (Chile), Observatório Europeu Austral – ESO (Chile), Roque de los Muchachos (Ilhas Canárias), Calar Alto (Espanha), Telescopio Nazionale Galileo (Ilhas Canárias).
Além disso, os alunos do Programa se beneficiam da participação do ON em grandes projetos e colaborações nacionais e internacionais, como o Javalambre Physics of the Accelerating Universe Astrophysical Survey – J-PAS (Espanha), o Javalambre Photometric Local Universe Survey – J-PLUS (Espanha), o Southern Photometric Local Universe Survey – S-PLUS (Chile), o Sloan Digital Sky Survey – SDSS-III (EUA e outros países), o Dark Energy Survey – DES (EUA e outros países), e o Physics of Extreme Massive Stars - POEMS (República Tcheca e outros países).
Saiba mais sobre o programa aqui.
Pós-graduação em Geofísica no Observatório Nacional
Desde o início da década de 1980, são desenvolvidas linhas de pesquisa em Geofísica no âmbito do programa de pós-graduação. O programa busca formar recursos humanos para atuar tanto na área acadêmica (pesquisa e docência) quanto no mercado de trabalho, principalmente em empresas voltadas à exploração de recursos naturais.
A estrutura da Pós-Graduação em Geofísica do ON está dividida em duas tradicionais áreas de concentração, Geofísica Aplicada e Geofísica de Terra Sólida, que se subdividem em três linhas de pesquisa: Recursos Naturais, Estudos em Escala Global e Estudos em Escala Local e Regional.
Na área de Geofísica Aplicada, desenvolve-se métodos computacionais para o processamento e interpretação de dados geofísicos, bem como realiza-se estudos integrados para o monitoramento de barragens, prospecção de recursos minerais, avaliação de condições para captação de recursos hídricos subterrâneos nas regiões semi-áridas e a busca por zonas com potencial de geração de energia limpa, de origem geotérmica.
Já na Geofísica de Terra Sólida, destacam-se projetos para caracterização e monitoramento de eventos sismológicos em território brasileiro, manutenção da Rede Sismográfica Brasileira, caracterização tectônica da plataforma sul-americana, conservação e organização de registros geomagnéticos históricos, análises cicloestratigráficas para compreender o clima ao longo do tempo geológico, bem com estudos que visam a identificação e previsão de eventos geomagnéticos intensos e de terremotos, caracterização e modelagem do campo geomagnético no âmbito nacional e global, caracterização de feições magnéticas na crosta oceânica e desenvolvimento de sensores para o monitoramento do campo geomagnético.