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Pesquisador do ON/MCTI recebe Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2022
Foi agraciado com o Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2022 um estudo que contou com a participação do Dr. Daniel Ribeiro Franco, pesquisador da área de Geofísica do Observatório Nacional (ON/MCTI). O tema da pesquisa vencedora do prêmio foi “Magnetoestratigrafia na exploração de petróleo, a grande promessa de calibração temporal de alta precisão e correlação de estratos em ultra-alta-resolução”.
Pesquisadores comemoram Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2022 (à direita, o pesquisador do ON Dr. Daniel Franco)
Liderado pela Dra. Milene Freitas Figueiredo (Petrobras), o projeto foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade de São Paulo (USP), Observatório Nacional e Petrobras.
Da esquerda para direita: Rodolfo Sabóia (diretor geral da ANP), Leonardo Ribeiro Tedeschi (Petrobras), Daniel Franco (ON), Carolina Gonçalves Leandro (UFRGS), Jairo Francisco Savian (UFRGS), Milene de Freitas Figueiredo (Petrobras)
A Cerimônia do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2022 ocorreu nesta quarta-feira (07) no Palácio do Itamaraty ( assista aqui ). O Prêmio ANP de Inovação Tecnológica tem como objetivo reconhecer e premiar os resultados associados a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), que representem inovação tecnológica de interesse do setor de Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis, Petroquímica, Energias Renováveis, Transição Energética e Descarbonização. Além disso, o prêmio visa reconhecer e premiar dissertações de mestrado desenvolvidas no âmbito do Programa de Formação de Recursos Humanos da ANP (PRH/ANP), bem como reconhecer e premiar personalidades que tenham gerado contribuições relevantes de PD&I para o setor. Na Edição 2022 houve cinco categorias de projetos de PD&I, duas categorias de personalidades do setor e uma categoria do PRH/ANP.
O trabalho premiado na Categoria I (Projeto(s) desenvolvido(s) por Instituição Credenciada e/ou Empresa Brasileira, em colaboração com Empresa Petrolífera, na área temática geral '“Exploração de Petróleo e Gás”) envolveu estudos de paleomagnetismo aplicados à estratigrafia. Diante dos desafios impostos pela exploração do pré-sal, os pesquisadores desenvolveram um novo método magneto-cicloestratigráfico, aplicando a cicloestratigrafia orbital de altíssima resolução em parâmetros paleomagnéticos das rochas estudadas.
O pesquisador do ON/MCTI participou do estudo supervisionando e dando treinamentos para todo o trabalho de análise cicloestratigráfica. A Estratigrafia é o ramo da Geologia que descreve e classifica as camadas das rochas (ou estratos), correlacionando-as no espaço e no tempo. Portanto, a Cicloestratigrafia é a subdivisão que investiga os padrões sedimentares cíclicos e sua formação, sob influência de processos que ocorreram em diferentes escalas de tempo como, por exemplo, processos climáticos e tectônicos.
O desenvolvimento do trabalho se deu, inicialmente, em uma seção de referência global, com impactos não só para a indústria de petróleo, mas para toda a comunidade científica internacional.
Em posse desta seção de referência magneto-cicloestratigráfica para o período geológico conhecido como Aptiano, as seções brasileiras começaram a ser estudadas e os andares locais poderão ser calibrados com a cronoestratigrafia internacional.
O estudo em questão resultou no artigo “ Astronomical tuning of the Aptian stage and its implications for age recalibrations and paleoclimatic events” publicado na revista Nature Communications em maio deste ano.
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