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Pesquisador do ON/MCTI ministra palestra sobre campo geomagnético no IAG-USP
O campo geomagnético terrestre será tema de um seminário online a ser apresentado pelo Dr. Vanderlei Coelho de Oliveira Jr., pesquisador do Observatório Nacional, unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (ON/MCTI).
A palestra será realizada na próxima quinta-feira, dia 2 de junho, às 16h30 horas (horário de Brasília), com transmissão ao vivo pelo canal no Youtube do Departamento de Geofísica do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).
O título da palestra de Vanderlei é: “Possível aplicação da redução ao polo para fontes com direção de magnetização heterogênea”.
Resumo: O campo geomagnético é comumente separado em três componentes. A primeira, denominada campo externo, é produzida predominantemente por correntes elétricas localizadas na ionosfera e magnetosfera. A segunda, denominada campo principal, é a mais intensa e é produzida por correntes elétricas associadas ao movimento do fluido que compõe o núcleo externo da Terra. A terceira componente, denominada campo crustal, é produzida por corpos magnetizados localizados nas camadas mais externas do planeta. Estes corpos são comumente denominados fontes magnéticas. Em geral, geofísicos buscam estimar parâmetros das fontes magnéticas tais como posição, forma e direção de magnetização a partir de medidas da magnitude do campo geomagnético. Para tanto, é necessário primeiramente corrigir as medidas da parcela referente ao campo externo e de ruídos produzidos pela plataforma de aquisição de dados e/ou aglomerados urbanos para obter o campo total. Em seguida, calcula-se a diferença entre o campo total e o campo principal predito por um modelo (por exemplo, o IGRF), na mesma posição e data das medidas, para obter a anomalia de campo total. Anomalias de campo total são quantidades difíceis de interpretar porque, via de regra, apresentam um padrão complexo que oscila entre valores positivos e negativos sobre as fontes magnéticas. Para contornar essa dificuldade, anomalias de campo total são geralmente transformadas em uma outra mais simples, que é predominantemente positiva, atinge o valor máximo sobre as fontes e decai a zero em direção aos limites laterais das fontes. Essa transformação é denominada redução ao polo (ou RTP, do inglês “reduction to the pole”). Uma das principais limitações da RTP é que ela requer que as fontes tenham direção de magnetização constante. Neste seminário, falarei da minha pesquisa recente sobre aspectos teóricos da RTP e de sua possível generalização para o caso em que a direção de magnetização das fontes é heterogênea.
Link de solicitação do certificado de participação: https://forms.gle/ToGGgMJLzstp6RTU8