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Observatório Nacional inicia ano letivo com Aula Inaugural ministrada pelo presidente do CNPq
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Prof. Ricardo Galvão, ministrou na última quarta-feira (01/03) a Aula Magna que deu início ao ano letivo nos programas de pós-graduação do Observatório Nacional – unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O tema da aula foi “O papel do CNPq no Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia”.
A abertura da palestra foi feita pelo diretor do ON, Prof. Jailson Souza de Alcaniz. Em sua fala, Jailson deu as boas-vindas aos estudantes da pós-graduação e agradeceu a presença de todos. Também destacou o caráter significativo da aula inaugural devido ao aniversário de 50 anos do programa de pós-graduação do ON.
“Esse programa, durante essas cinco décadas, conta com parceiros importantes, fundações e agências de fomento que nos mantém: CAPES, FAPERJ e, obviamente, o CNPq. Então, nada mais apropriado para este evento comemorativo, essa aula inaugural, termos aqui conosco o presidente do CNPq, o professor Galvão”, disse Jailson.
Diretor do ON, Prof. Jailson Souza de Alcaniz, abre Aula Magna do presidente do CNPq
Galvão agradeceu o convite e ressaltou a importância do Observatório Nacional que completa, em outubro deste ano, 196 anos de história:.
“Eu fiquei realmente feliz em ter sido convidado. Esta é a primeira palestra depois que eu fui nomeado presidente do CNPq. Eu tenho uma amizade muito grande e um respeito muito grande por essa instituição centenária que é um exemplo para nós no país”, disse Galvão no início de sua apresentação.
Na Aula Magna, o presidente do CNPq apresentou a um auditório lotado a história do CNPq, suas contribuições para a pesquisa no Brasil e no mundo e forneceu um panorama geral da instituição que completa 72 anos em 2023.
Presidente do CNPq ministra Aula Magna “O papel do CNPq no Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia”.
Galvão exibiu aos presentes o histórico do orçamento autorizado no CNPq que, para este ano, é de R$ 1,9 bilhão, e ressaltou que em sua gestão, gostaria de aumentar os investimentos em pesquisa.
O professor também enfatizou que o baixo valor das bolsas de mestrado e doutorado impactaram de forma negativa o número de artigos publicados nos últimos anos. Mas agora, com os valores reajustados, isso pode ser revertido. Também com relação à concessão de bolsas, Galvão destacou que um dos focos de sua gestão será melhorar as bolsas de pós-doutorado – tendo em vista a ausência de concursos públicos –, ampliar a concessão de bolsas de divulgação científica e de bolsas no exterior.
Ainda sobre a produção científica, Galvão mostrou um levantamento que analisou a participação das agências de fomento de todo o mundo em trabalhos relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – que consistem em 17 metas globais estabelecidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas. De acordo com o estudo, o CNPq está em décimo lugar entre as agências que mais têm estudos relacionados aos ODS, o que é uma boa posição, segundo Galvão. Além disso, o CNPq é líder de pesquisas em três ODS: fome zero, vida na água e vida terrestre.
Outro assunto abordado pelo presidente do CNPq foi o Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação (MAI/DAI). O programa visa fortalecer a pesquisa e a inovação nas Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) e a cooperação com empresas em projetos de interesse do setor empresarial. Segundo Galvão, o programa já concedeu 3.000 bolsas e envolveu 80 ICTs e mais de 200 empresas.
A participação das mulheres na pesquisa nacional foi outro ponto de destaque da palestra de Galvão. Conforme mostrou o professor, hoje, as mulheres respondem por 43% de todas as propostas aprovadas no país. Além disso, são 47% dos grupos emergentes (equipes de pesquisa que possuam ao menos três doutores, sendo um deles o coordenador do projeto) e 38% dos grupos consolidados (a equipes que possuam, no mínimo, cinco doutores, de ao menos duas instituições distintas, sendo um deles o coordenador do projeto). Nas bolsas de Iniciação Científica, as mulheres já são 70%, e de mestrado e doutorado, cerca de 50%.
Gráficos sobre a participação feminina na pesquisa
Assista à palestra completa em: https://www.youtube.com/watch?v=DbUn7fmgDjU
Reunião com diretoras e diretores de Unidades de Pesquisa do CNPq
Ainda durante sua presença no Observatório Nacional, o presidente do CNPq reuniu-se com diretoras e diretores das Unidades de Pesquisa vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Além do diretor do ON, Dr. Jailson Alcaniz, estiveram presentes: diretor do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), Marcio Ferreira Rangel; o diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Márcio Portes de Albuquerque; a diretora do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), Silvia Cristina Alves França; a diretora do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Ieda Maria Vieira Caminha; o diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Fábio Borges de Oliveira; a coordenadora de ensino e pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Maria de Fátima Matiello Francisco; a diretora do Instituto Nacional do Seminário (INSA), Mônica Tejo; a diretora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Antonia Maria Ramos Pereira; o diretor substituto do Centro de Tecnologia da Informação (CTI), Fernando Ely e o diretor do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), Wagner José Corradi Barbosa.
Diretoras e diretores de unidades vinculadas ao MCTI se reuniram com o presidente do CNPq