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Observatório Nacional coordenará a 17ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica em 2024
O Brasil vai sediar em 2024 a 17ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) e o Observatório Nacional, unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), será a entidade responsável pela organização do evento.
O anúncio do Brasil como país-sede da 17ª IOAA foi feito ao final da Cerimônia de Encerramento da 16º IOAA, realizada de 10 e 20 de agosto, em Chorzów, na Polônia. O Brasil foi o anfitrião da 6ª IOAA, realizada em 2012.
“Graças ao apoio do MCTI, o Observatório Nacional receberá, com muita alegria, a próxima IOAA, a principal competição internacional da área de Astronomia. Eventos desta natureza têm demonstrado uma importância social significativa, sendo capazes de mobilizar e motivar um número considerável de jovens para a ciência – um objetivo que o ON tem perseguido ao longo dos anos. Segundo as nossas estimativas, deveremos contar com a presença de cerca de 50 países”, pontuou o diretor do ON, Dr. Jailson Souza de Alcaniz.
Depois da entrega das premiações aos participantes, o líder da equipe brasileira e vice-presidente da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), Prof. Dr. Eugênio Reis (MCTI - Rio de Janeiro), recebeu das mãos dos anfitriões atuais a Flâmula da IOAA, tornando o Brasil, oficialmente, o próximo anfitrião da competição. Ao final da Cerimônia de Encerramento foi exibido o vídeo de boas vindas da 17ª IOAA, que será realizada no Brasil de 17 a 27 de agosto de 2024. Assista aqui.
“Em 2012, o Observatório Nacional foi um dos organizadores da 6ª IOAA, primeira olimpíada internacional realizada no Brasil, e foi uma experiência maravilhosa fazer parte do Comitê Organizador. Na ocasião foram 28 países participantes e em 2024 serão mais de 50! E vamos fazer uma olimpíada de muito sucesso! Uma das consequências da 6ª IOAA foi a criação do Projeto “Olhai pro Céu”, na ocasião, com financiamento da FAPERJ e em parceria com o Museu de Astronomia e Ciência Afins (MAST). O projeto teve início em 2013 e atua até hoje com formação de professores em astronomia e empréstimo do AstroKit (que inclui telescópio) no município do Rio de Janeiro (Olhai pro Céu Carioca) e nos outros municípios do Estado do Rio de Janeiro (Olhai pro Céu RJ). No ano passado o ON conseguiu aprovação do “Olhai pro Céu, Brasil!” na chamada CNPq 36/2022 e, em parceria com várias instituições do Brasil, vamos seguir fazendo formação de professores e empréstimo do AstroKit. Essa é apenas uma das consequências que permanece viva e cada vez mais ativa 11 anos após a realização da olimpíada!", destacou a Dra. Josina Nascimento, gestora da Divisão de Comunicação e Popularização da Ciência do ON e m embro da Comissão Organizadora da OBA.
O líder da equipe brasileira da IOOA 2023, Prof. Dr. Eugênio Reis, entrega oficialmente a Flâmula da IOAA ao diretor do ON, Prof. Dr. Jailson Souza de Alcaniz
“Minha primeira participação nas IOAAs foi em 2012, quando atuei como vice-coordenador da 6ª IOAA, no Brasil. Nesta época eu era bolsista do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST). Foi muito trabalhoso, mas muito compensador, pois conseguimos, com a ajuda de instituições parceiras, como o ON, realizar uma grande competição! Além disso, levamos a Astronomia para o Vale do Café, com a realização da Primeira Semana de Astronomia de Vassouras e a doação dos 19 telescópios, que foram usados na competição, para várias cidades do Vale do Café, além de Vassouras. Desde então, as semanas de astronomia são frequentes na região, sempre contando com o apoio do ON e do MAST. Fui convidado para ser um dos líderes da equipe brasileira na 7ª IOAA, que ocorreu na Grécia, e, a partir daí, não deixei mais de participar das IOAAs. Na ocasião, a coordenação da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) me convidou para ser o responsável pela seleção e treinamento das equipes brasileiras para as competições internacionais de astronomia. Convite aceito, tenho me empenhado nisso desde então. Tenho certeza que a IOAA do ano que vem será um sucesso, que agradará aos líderes e aos estudantes que aqui vierem. Espero, também, que uma competição deste nível, sendo realizada no Brasil, motive mais estudantes a participar da OBA, assim como das demais olimpíadas de conhecimento apoiadas pelo MCTI”, destacou o líder da equipe brasileira, Eugênio Prof. Dr. Eugênio Reis.
Além de Eugênio, outros três brasileiros lideraram equipes na IOAA, totalizando quatro brasileiros à frente de equipes de quatro países diferentes: Prof. Dr. Gustavo Rojas liderou a equipe de Portugal, Lucas Carrit (medalhista da IOAA de 2018) liderou a equipe dos Estados Unidos e Profa. Dra. Thaís Mothé liderou a equipe da Noruega. Um acontecimento inédito até agora!
Estabelecida na Tailândia em 2006, a IOAA é um evento anual para alunos do ensino médio de alto desempenho de todo o mundo. O objetivo da competição é disseminar a Astronomia entre os alunos do ensino médio, para fomentar a amizade entre jovens astrônomos em nível internacional, a fim de construir cooperação no campo da Astronomia no futuro entre os jovens estudiosos.
Prof. Dr. Eugênio Reis recebe a Flâmula da IOAA, tornando o Brasil, oficialmente, o próximo anfitrião da competição.
O Brasil participa da olimpíada desde sua primeira edição em 2007. As equipes que representam o Brasil na IOAA, e também na OLAA (Olimpíada Latino Americana de Astronomia e Astronáutica), são formadas através de um processo seletivo rigoroso organizado pela pelo Comitê Organizador da OBA e por instituições parceiras, sendo uma delas o Observatório Nacional (ON/MCTI).
Na 16ª IOAA, o Brasil conquistou duas medalhas de ouro, duas medalhas de prata, uma menção honrosa e um prêmio pela melhor prova de grupo. Saiba mais aqui.