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Lua cheia desta quinta-feira (11) ainda pode ser considerada superlua
A lua cheia desta quinta-feira, dia 11 de agosto, ainda pode ser considerada superlua. O fenômeno astronômico poderá ser visto a olho nu, em todo o Brasil, desde que as condições climáticas sejam favoráveis. Embora o termo “superlua” não seja utilizado na astronomia profissional, ele quer dizer que a lua estará maior e mais brilhante.
Conforme explica a Dra. Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional – unidade de pesquisa vinculada ao MCTI – a superlua é uma lua cheia ou uma lua nova que acontece perto do perigeu, o ponto em que a lua está mais perto da Terra.
“A órbita da lua em torno da Terra não é circular, mas sim elíptica. Então, em sua trajetória ao redor da Terra, a lua fica ora mais próxima, ora mais afastada. Quando se encontra no ponto da órbita mais próximo em relação à Terra, está no perigeu. Por outro lado, quando está no ponto da órbita mais afastado da Terra, a lua está no apogeu”, diz Josina.
O conceito de superlua foi criado pelo astrólogo Richard Nolle em 1979, que estabeleceu que receberia o nome de "super" uma lua cheia que ocorre no perigeu ou 90% próxima deste ponto. Na prática, o que acontece é que a lua fica com um diâmetro aparente maior e com a luminosidade nitidamente maior.
“No entanto, a superlua desta quinta-feira (11) é considerada uma superlua de ‘raspão’. Isso porque ela não está tão próxima do perigeu. O instante da lua cheia será às 22h35 (horas de Brasília) desta quinta e o perigeu ocorreu ontem, dia 10, às 14h08 (hora de Brasília). A gente já teve outras duas superluas este ano que aconteceram bem mais próximas do perigeu. Por isso, estamos chamando essa superlua de hoje de ‘superlua de raspão’”, explica Josina.
Como mencionado, o fenômeno é visível a olho nu. Como em toda lua cheia,a lua estará no céu por toda a noite, pois nasce quando o sol se põe e se põe quando o sol nasce. Então, será possível observá-la a qualquer instante, desde que as condições de visualização sejam favoráveis.
Josina explica que, em média, temos de duas a três superluas cheias por ano. Sendo que algumas delas acontecem bem próximas ao perigeu.
“Nesses casos, a gente tem uma lua verdadeiramente maior e mais brilhante em comparação com as outras superluas como a de hoje”, destaca Josina.
A astrônoma também ressaltou que, no dia 14 de novembro de 2016, ocorreu a superlua mais próxima da Terra entre os anos 2000 e 2027. Naquela data, a Lua estava 356509 quilômetros de distância do nosso planeta.
“A próxima superlua que vai acontecer bem próxima da Terra será no dia 24 de dezembro de 2026, quando a lua estará a 356650 quilômetros da Terra. A título de comparação, nessa super lua de agosto, a lua já estará a 361261 quilômetros da Terra. Por isso, a gente está chamando essa superlua de ‘superlua de raspão', ou seja, uma quase não superlua", esclareceu Josina.