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Estudo sobre origem do Circuito das Águas vira livro
Observatório Nacional e universidades do RJ, MG e SP trabalharam em importante pesquisa para sustentabilidade
Em meio à Serra da Mantiqueira, as formações rochosas criaram um verdadeiro santuário de águas minerais. Com propriedades medicinais e terapêuticas, as águas do Sul de Minas Gerais tornaram o Circuito das Águas um dos mais importantes roteiros turísticos do estado. O Circuito movimenta o turismo, o comércio e a cultura em 14 municípios da região. O Observatório Nacional, em parceria com outras instituições, participou de uma pesquisa para estabelecer um limite sustentável para recarga e exploração de água, auxiliando na proteção das fontes hidrominerais da Bacia do Rio Verde.
O Circuito das Águas possui a maior concentração de águas carbogasosas do planeta, com doze fontes de diferentes composições químicas, dentre elas, águas minerais com alto poder diurético e desintoxicante que atraem turistas de todas as partes. Os estudos tiveram como foco as águas minerais subterrâneas e seus gases, a fim de se entender melhor os processos que envolvem a formação das fontes hidrominerais. O projeto “Circuito das Águas” permitiu atualizar e aprofundar os conhecimentos técnico-científicos dessas áreas sobre a origem e a circulação das águas minerais.
“As fontes de água são diferentes e ninguém sabia como era a origem ou fluxo. Nunca houve um estudo para saber a origem dessa água. Com a escassez de água, estudos como esse são cada vez mais importantes porque, de uma forma ou de outra, o resultado vai ser convertido para a população. Os estudos geofísicos do Observatório Nacional comprovam a nossa expertise”, explica o pesquisador do Observatório Nacional Emanuele La Terra, um dos coordenadores do estudo.
A pesquisa foi financiada pelo Governo de Minas, através da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), conduzido por 35 integrantes entre pesquisadores e técnicos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Observatório Nacional, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista (UNESP).
O estudo resultou no livro SIGA-Circuito da Águas, que será lançado no próximo dia 19, no auditório da Codemge. O auditório da Codemge/Codemig, fica na Rua Manaus 467, Santa Efigênia, Belo Horizonte, MG.
História
Foi em 1814 que as primeiras fontes de água mineral foram descobertas em Caxambu. Em 1861, as terras com as fontes foram desapropriadas pelo governo da Província de Minas Gerais. A fama dos poderes curativos e afrodisíacos das águas minerais de Caxambu se propagou tão rapidamente que, em 1868, a Princesa D. Isabel e o Conde d’Eu ficaram um temporada na cidade, em busca da cura da esterilidade da princesa, através da ingestão de águas ferruginosas. Seu problema: anemia. Na ocasião, na presença do casal, foi lançada a pedra fundamental da igreja dedicada à Santa Isabel, Rainha da Hungria, como gratidão pela princesa ter engravidado após sua passagem por Caxambu.
Sobre o Observatório Nacional
O Observatório Nacional é uma das primeiras instituições brasileiras dedicadas à ciência. Há 190 anos desenvolve pesquisa e presta serviços nas áreas de Astronomia e Astrofísica, Geofísica e Metrologia em Tempo e Frequência, além de formar recursos humanos em seus cursos de Pós-Graduação.
SIGA - CIRCUITO DAS ÁGUAS
Pedrosa-Soares, A.C., Jeber, A., Alkmim, F.F., Scudino, P.C.B., La Terra, E.F., Voll, E. (coords.) 2018. SIGA - CIRCUITO DAS ÁGUAS. Belo Horizonte, Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (CODEMGE), 1a. ed., 500 p.
Acesse aqui o livro em versão pdf.
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